Os processos de migração acontecem em todo o território brasileiro, sendo os mais diversos motivos que levam as pessoas a mudar de lugar. A realidade da cidade de Tijucas não é diferente da apresentada pelo estado de Santa Catarina, como um dos polos de atração populacional, cidade da mesorregião da Grande Florianópolis. Neste contexto, sendo o fluxo migratório uma das temáticas trabalhadas dentro da disciplina de Geografia, buscou-se, com o presente trabalho, produzir um mapa temático com o fluxo migratório para o Vale do Rio Tijucas, identificando as regiões dos imigrantes. O desenvolvimento metodológico se deu por meio de pesquisa bibliográfica dos dados do IBGE Cidades, referências de autores que pesquisam a temática como POZZO (2021) que em seu artigo fala sobre investigação sobre o circuito exibidor de cinemas de rua do Vale do Rio Tijucas, LOURENÇO (2005), que fala sobre as atividades e movimentos em torno do rio, GOULARTI (2015), fala sobre as Migrações e urbanização em Santa Catarina, GONÇALVES (2022), que fala sobre a migração em Santa Catarina e faz uma análise da Lei de política estadual para a população migrante, OLIVEIRA (2019) que em seu artigo fala sobre o modelo econômico e o desenvolvimento em Santa Catarina auxiliando na pesquisa a entender as motivações dos processos e a concentração de migrantes nos centros da cidade. E GOULARTI (2015) que fala sobre as migrações e os processos de urbanização em Santa Catarina. Com isso foi realizado uma aplicação de um questionário semiestruturado com os alunos do ensino médio do Colégio de Aplicação da UNIVALI de Tijucas. Assim, a partir dos dados coletados, da produção cartográfica e das respostas obtidas, conseguimos uma aproximação dos conteúdos trabalhados em sala de aula com os dados da realidade dos estudantes, e desta forma uma melhor apropriação do conhecimento. Como resultado desta análise, foi possível identificar as principais regiões de origem dos imigrantes para o Vale do Rio Tijucas como por exemplo 51% dos participantes sempre moraram no Vale, enquanto 14%, é oriundo de outras regiões de Santa Catarina fora do vale, 1% do Rio Grande do Sul, e 12% do Paraná. Os resultados mais relevantes indicam que os principais desafios enfrentados pelos migrantes são a adaptação cultural, apontada por 55% dos participantes, seguida pelo acesso a serviços públicos, com 41%. Esses achados refletem a complexidade da integração dos migrantes, que envolve não apenas aspectos econômicos, como a busca por emprego, mas também barreiras culturais e estruturais, conforme destacado por Oliveira (2019). Além disso, destaca-se a contribuição dos migrantes para a diversidade cultural e para o dinamismo econômico local, especialmente nos setores imobiliário, comercial e de serviços. Outro aspecto relevante foi a concentração dos estudantes participantes nos bairros centrais da cidade, como Centro e Universitário, o que sugere que esses locais oferecem melhores condições de moradia, acesso a serviços e oportunidades educacionais e trabalho, influenciando a escolha residencial dos migrantes. Bem como compreender as razões dos processos migratórios locais como por exemplo, Santa Catarina é um estado que, desde o século XIX, atrai diferentes grupos populacionais devido a suas características multiétnicas e oportunidades econômicas de fatores naturais, culturais e de hospitalidade local.
Esta publicação expõe uma parte considerável do que é feito anualmente em pesquisa na UNIVALI e por meio da qual esperamos compartilhar os conhecimentos aqui produzidos, possibilitando a comunicação entre os pesquisadores de nossa e de outras instituições.