A obesidade e o sedentarismo entre crianças e adolescentes configuram-se como problemas de saúde pública alarmantes, afetando tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, como o Brasil, onde a desigualdade social intensifica esses quadros. Dados da OMS apontam que o sedentarismo causa cerca de 3,2 milhões de mortes por ano, e pesquisas nacionais indicam que mais da metade dos adolescentes brasileiros não praticam atividade física suficiente, realidade agravada pelo excesso de tempo em frente às telas. Nesse cenário, Nesse contexto, a escola assume um papel fundamental na promoção de hábitos saudáveis, uma vez que constitui um dos principais ambientes de socialização, aprendizado e formação integral dos jovens, especialmente por meio da Educação Física, que deixou de ser vista apenas como disciplina recreativa e passou a integrar ações voltadas ao desenvolvimento integral dos alunos. O projeto tem como objetivo geral analisar as consequências da inconstância da prática esportiva no bem-estar e saúde dos alunos da Escola SESI de Santa Catarina. Como objetivos específicos, busca-se compreender as causas do sedentarismo entre os jovens, avaliar a infraestrutura e as propostas esportivas oferecidas pela rede SESI de SC e propor ferramentas pedagógicas que melhorem o acompanhamento das atividades físicas no ambiente escolar. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de caráter exploratório e explicativo, com abordagem quantitativa, por meio de questionários estruturados aplicados a alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio da Escola SESI de Itajaí, escolhida por sua proposta pedagógica inovadora, que adota metodologias como STEAM e o Novo Ensino Médio. Os resultados evidenciam que, embora a maioria dos alunos reconheça a importância da atividade física para a saúde e para a qualidade de vida, o incentivo contínuo dentro do espaço escolar ainda se mostra insuficiente e muitas vezes pontual. Observa-se que a infraestrutura, quando não acompanhada de estratégias pedagógicas eficazes e de acompanhamento sistemático, não é capaz de garantir a adesão consistente às práticas esportivas. Além disso, fatores externos, como a influência da tecnologia e o estilo de vida familiar, exercem papel decisivo no nível de sedentarismo observado. Como resultado, observou-se que, embora a importância da atividade física seja amplamente reconhecida, o incentivo contínuo nas escolas ainda é insuficiente e pontual, exigindo maior integração entre currículo, infraestrutura e acompanhamento pedagógico. Conclui-se que a Educação Física pode e deve ser uma ferramenta estratégica no combate ao sedentarismo e à obesidade, promovendo saúde, socialização e bem-estar entre os estudantes, desde que receba atenção adequada em termos de planejamento, execução e avaliação das práticas escolares.
Esta publicação expõe uma parte considerável do que é feito anualmente em pesquisa na UNIVALI e por meio da qual esperamos compartilhar os conhecimentos aqui produzidos, possibilitando a comunicação entre os pesquisadores de nossa e de outras instituições.