• Resumo

    HIPERTENÇÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS NA TERCEIRA IDADE: UM RETRATO DA REALIDADE

    Data de publicação: 13/09/2022

    Introdução: De acordo com a realidade retratada em países europeus, o Brasil sofre com a redução na proporção de crianças e jovens e, um aumento de idosos, o que implica em uma necessidade de redimensionamento dos serviços de saúde, devido ao aumento de doenças, em especial as crônicas não transmissíveis, que possuem maior causa de morte mundial. No país, representam a maior causa de hospitalizações pelo Sistema Único de Saúde, tornando extremamente relevante a criação de políticas públicas integradas e sustentáveis, que envolvam a atenção básica no monitoramento dos fatores de risco e estratégias de cuidado. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico de idosos hipertensos e diabéticos, assistidos em uma Estratégia Saúde da Família em Santa Cruz do Sul. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, retrospectivo conduzido junto a uma Estratégia Saúde da Família, no município de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul. O recorte de tempo analisado constituiu todo o ano de 2019, utilizando-se um instrumento estruturado, baseado nas variáveis existentes no Fly Saúde, sistema de registro utilizado pelos serviços de atenção básica do município, que converge para o e-SUS. Os dados objetos de estudo, incidiram nos prontuários de idosos hipertensos e diabéticos. As variáveis foram tabuladas e posteriormente realizada uma análise numérica simples, quanto aos valores tensionais e glicêmicos, estes foram os mais recentes contidos nos prontuários. Salienta-se que o trabalho obteve a aprovação da secretaria municipal de saúde e do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Santa Cruz do Sul. Resultados: Foram 29 prontuários de usuários idosos, hipertensos e diabéticos distribuídos em seis Micro Áreas (MA), destas houve predomínio na 1 e 4. A maioria (16) eram mulheres, com idades entre 60 e 69 anos (20), cor branca (12), seguido da parda (11), a maioria (11) possuía ensino fundamental incompleto, entre o 1º ao 4º ano. Informações como o peso e a altura foram identificados em apenas 2 prontuários e a variável Índice de Massa Corporal não foi encontrada em nenhum dos 29. Verificou-se que nenhum usuário apresentou hipertensão estágio 3, os níveis mais elevados configuraram o estágio 2, com idades entre 60 e 69 anos e os níveis aceitáveis/recomendados foram registrados entre 70 e 79 anos. Apenas 6 prontuários possuíam os valores glicêmicos em níveis recomendados pelo Ministério da Saúde e a maioria (18) dos níveis glicêmicos encontraram-se entre 60 e 69 anos, destes 4 com valores entre 200 a 250 miligramas por decilitro. Dos 29 prontuários analisados, oito não apresentaram registro dos níveis pressóricos e sete não continham os níveis glicêmicos em nenhuma vez no ano de 2019. Conclusões: É possível identificar que os idosos jovens são os mais acometidos pelas doenças, com predomínio das mulheres, o que direciona a atenção, pois tradicionalmente elas costumam ser mais cuidadosas com a própria saúde. Não obstante, a baixa escolaridade evidenciada na pesquisa revela a importância de considerar o contexto frente ao planejamento das ações preventivas, assim como rever o baixo número ou a ausência de registros assistenciais, para qualificar os processos laborais.

    Palavras-chave: Epidemiologia. Hipertensão. Diabetes mellitus.

ANAIS AMNET

Considerando o rápido crescimento das Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil e no mundo aliada a pandemia da COVID-19, o Mestrado Profissional em Saúde e Gestão do Trabalho (Univali) em parceria com a Rede de Vigilância em Doenças Crônicas das Américas - AMNET (AMERICAS’ NETWORK FOR CHRONIC DISEASE SURVEILLANCE) e apoio da Universidade Pontifícia Católica do Rio Grande do Sul, Universidade Internacional da Flórida (EUA), Universidade de Antioquia (Colômbia) e pela Universidade Mar del Plata (Argentina) promoveram o I SIMPÓSIO DE DOENÇAS CRÔNICAS: perspectivas, tendências e inovação & XVIII CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA REDE AMNET, o qual foi realizado nos dias 22, 23 e 24 de setembro de 2021, gratuitamente e de modo virtual. Foram  momentos de socialização em experiências de ensino, pesquisa e inovação, nas dimensões epidemiológica e social, com a integração interinstitucional de caráter nacional e internacional, para o desenvolvimento de ações com vistas a redução da morbimortalidade das principais doenças crônicas.

 

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