Introdução: O ser humano é considerado o único reservatório natural do Helicobacter pylori e sua transmissão ocorre por meio do contato pessoa a pessoa, pela ingestão de alimentos ou água contaminados. Para infectar o ser humano, necessita ser ingerida pela boca, circunstância que permite a invasão da mucosa gástrica. Objetivo: Identificar as condições demográficas, socioeconômicas e estilo de vida dos portadores da Helicobacter pylori. Metodologia: Estudo descritivo quantitativo e transversal, utilizando o tratamento estatístico descritivo e inferencial. Foram 301 participantes, que ao se dirigirem ao Centro de Diagnose do município de Balneário Camboriú (SC) que responderam a um questionário com variáveis demográficas, socioeconômicas e de hábitos de vida e liberaram para o estudo seus resultados de teste rápido de urease. Resultado: Do total, apenas 130 pessoas testaram positivo para a bactéria. Dentre estes, 70,8% são mulheres, idade média de 46,52 anos (DP= 14,49); 42,9% são naturais de Santa Catarina; 31,6% com ensino fundamental incompleto; 35,4% domiciliados no bairro Centro; 53,2% renda familiar dois salários-mínimos; 66,2% empregados e 39,5% trabalhavam no bairro Centro. Quanto aos hábitos de vida: 1) higiene oral e pessoal - 96,9% tem escova dental própria e individual; 45,7% não fazem uso de aparelhos dentários, 31,0% usam próteses dentárias e 8,5% possuem implantes dentários; 39,5% apresentam má conservação dos dentes; 42,5% não tem ação preventiva quanto a saúde bucal; 29,5% guardam a escova dental em armário, 19,4% em copo, 17,1% em pote tampado, 15,5% agrupam todas as escovas da residência em um único copo, 13,2% colocam uma capa sobre as cerdas após seu uso; 72,4% assumem dar descarga com o tampo do bacio aberto; 61,2% afirmam lavar as mãos sempre antes das refeições e 20,9% as fazem geralmente. 2) Alimentação - 65,3% consomem diariamente café; 31,4% comem frequentemente vegetais crus; 38,1% consomem quase diariamente frutas; 39,8% não ingerem álcool e 35,6% ingerem no máximo uma a duas doses; 67,7% utilizavam água direto da rede; 14,6% água de poço artesiano ou cachoeira; 17,7% água do filtro; 36,4% água engarrafada; 62,0% nunca compartilham os talheres, assim como 58,6% não tomam chimarrão compartilhado. 3) Lazer - 75,2% nunca frequentam piscina, 89,1% nunca frequentam rios, cachoeiras ou lagoas, 36,4% nunca frequentam praias e 34,9% vão raramente à praia. 4) Outros - 51,9% nunca fumaram e 12,4% ainda fumam. Conclusão: Há uma forte relação entre condições de vida, estado sanitário, status socioeconômico e a infecção pelo Helicobacter pylori, a qual tem como um dos principais meio de contaminação a infecção oral-oral, fecal-oral. Apresentar os hábitos de vida de uma população contaminada, por este bacilo, auxilia no delineamento de políticas públicas protetivas a saúde, contudo outros estudos são necessários para se concluir a causalidade determinante da infecção pelo Helicobacter pylori, nessa comunidade.
Palavras-chave: Helicobacter pylori. Prevalência. Transmissão.
Considerando o rápido crescimento das Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil e no mundo aliada a pandemia da COVID-19, o Mestrado Profissional em Saúde e Gestão do Trabalho (Univali) em parceria com a Rede de Vigilância em Doenças Crônicas das Américas - AMNET (AMERICAS’ NETWORK FOR CHRONIC DISEASE SURVEILLANCE) e apoio da Universidade Pontifícia Católica do Rio Grande do Sul, Universidade Internacional da Flórida (EUA), Universidade de Antioquia (Colômbia) e pela Universidade Mar del Plata (Argentina) promoveram o I SIMPÓSIO DE DOENÇAS CRÔNICAS: perspectivas, tendências e inovação & XVIII CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA REDE AMNET, o qual foi realizado nos dias 22, 23 e 24 de setembro de 2021, gratuitamente e de modo virtual. Foram momentos de socialização em experiências de ensino, pesquisa e inovação, nas dimensões epidemiológica e social, com a integração interinstitucional de caráter nacional e internacional, para o desenvolvimento de ações com vistas a redução da morbimortalidade das principais doenças crônicas.