CRESCIMENTO DO BONITO LISTRADO (Katsuwonus pelamis) E UM MÉTODO PARA A CORREÇÃO DE VÍCIOS DECORRENTES DA VASCULARIZAÇÃO CENTRAL DOS ESPINHOS DAS NADADEIRAS DORSAIS
Data de publicação: 17/11/2010
Espinhos da nadadeira dorsal são freqüentemente usados em estudos da idade e do crescimento de tunídeos. No entanto, existem tecidos vasculares na região central dos espinhos que dificultam a estimativa do número de incrementos de crescimento. Alguns incrementos de crescimento podem ser consumidos à medida que o organismo e a área vascularizada crescem. Dessa forma as estimativas de idade podem ser viciadas (i.e. subestimativas). No presente trabalho propomos métodos para atenuar os vícios nas estimativas de idade de atuns, e mostramos uma aplicação do mesmo para o caso do bonito listrado (Katwonus pelamis), que é um dos principais recursos pesqueiros mundiais. As estimativas de crescimento obtidas com o uso de nosso melhor método corretivo (L8 =97,9 cm; k = 0,14 por ano; to = -0,071 anos; r2 = 0,71) foram bem diferentes das estimativas obtidas com dados não corrigidos (L8 = 80,6 cm; k = 0,25 por ano; to = -1,94 anos; r2 = 0,27). Se os resultados do método corretivo são tomados como mais confiáveis que os demais, a opinião científica atual sobre o ciclo de vida do bonito deveria ser revista. O bonito teria maior ciclo de vida, alcançaria maiores comprimentos, e cresceria mais lentamente do se poderia deduzir baseado nos procedimentos tradicionais. Os modelos de regressão múltipla são uma boa ferramenta para a correção de estimativas de idade, quando é difícil a identificação dos incrementos de crscimento em parcelas da estrutura de aposição (e.g. espinho) analisada.