O crescimento das cidades no interior do estado de São Paulo tem causado grandes impactos nos ecossistemas aquáticos, como é o caso do rio Tatuí que faz parte da bacia do rio Sorocaba e Médio Tietê. Estudos sobre sua ictiofauna são relevantes para a conservação e o monitoramento desse rio, sob a óptica de que o rio Tatuí é um dos afluentes que mais contribui com a poluição do rio Sorocaba. Esse trabalho teve como objetivo inventariar a ictiofauna do rio Tatuí e relacioná-las com as interferências antrópicas as quais é submetido. Foram realizadas coletas nos períodos seco e chuvoso de 2010 onde foram identificadas 18 espécies de peixes, distribuídas em 9 famílias e 2 ordens. A família mais representativa foi Characidae, com 5 espécies seguido pela família Loricariidae, com 3 espécies. A espécie mais abundante foi Hypostomus margaritifer, seguido por Hypostomus ancistroides. Considerando todos os trabalhos já realizados no rio Tatuí, um total de 53 espécies de peixes foram identificadas. Estes resultados corroboram com outros trabalhos realizados no Alto Paraná e na bacia do rio Sorocaba. Foi obtida correlação inversa entre sólidos totais dissolvidos, riqueza e diversidade, o que pode ser explicado pelo fato do rio Tatuí encontrar-se impactado em toda a sua extensão, principalmente pela falta de vegetação ciliar, assoreamento e lançamento de esgoto doméstico e industrial.
Ciências Ambientais, Ambientes Aquáticos e Costeiros.
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