• Resumo

    Uso de um sistema de vídeo para estudo ecológico do macro e megazooplâncton em águas costeiras

    Data de publicação: 18/06/2025

    Imagens subaquáticas obtidas com o uso de câmeras digitais tem se tornado uma das principais ferramentas para estudos, no próprio ambiente, do comportamento e da ecologia de organismos marinhos. Com esse objetivo testou-se a obtenção de imagens por arrasto e por perfil vertical de uma câmera comercial montada em uma estrutura de aço denominada de Sino. Foram obtidas 54 vídeos de arrastos horizontais (estratificadas) de maior duração (10 minutos) e 27 vídeos de perfilagem vertical de curta duração (3 minutos) e avaliado a qualidade das imagens associadas a identificação dos organismos. Foi determinado a melhor forma de trabalho com o Sino, necessidade de acessórios e adaptações e protocolo de uso, assim como a relação entre a transparência da água (disco de Secchi) e a possibilidade de identificação e quantificação de formas planctônicas nas imagens. Os resultados apontam para o uso do Sino em baixa velocidade, ou seja, em perfilagem vertical e com iluminação apresentando os melhores resultados e maior eficiência na identificação das ocorrências de organismos. A relação entre a transparência da água e a obtenção de imagens de boa qualidade foram observadas, de forma mais segura, em condições de Secchi superior a 2,5 m. Em função das condições de transparência da água e da variabilidade de ocorrência dos organismos a probabilidade de registro de organismos foi de 37,5% do total de saídas a campo. Por fim, as análises dos vídeos indicaram um possível comportamento de migração vertical de Olindias sambaquiensis (Hydrozoa) e chamaram a atenção pela abundância de Pseudo-TEPs (Transparent Exopolymer Particles), que acredita-se são de grande importância na ecologia pelágica de águas costeiras.

  • Referências

    De Barba, F. F. M., Bazi, C. C., Pessatti, M. L., Resgalla Jr., C. 2016. Macromedusae of Southern Brazil: temporal variation, population structure and biochemical composition. Braz. J.Oceanogr., 64(2): 127-136. http://dx.doi.org/10.1590/s1679-87592016101806402.

    Boltovskoy, D. 1981. Atlas del zooplankton del Atlantico sur occidental y metodos de trabajo con el zooplankton marino. INIDEP, Mar del Plata. 936pp.

    Brodeur, R.D., Mills, C.E. Overland, J.E., Walters, G.E., Schumacher, J.D. 1999. Evidence for a substantial increase in gelatinous zooplankton in the Bering Sea, with possible links to climate change. Fish. Oceanogr. 8: 296-306.

    Brundage Jr., W.L., Buchanan, C.L., Patterson, R.B. 1967. Search and serendipity. In: Hersey, J.B. (ed.), Deep Sea Photography. Johns Hopkins Univ. Press, Baltimore, 75-87.

    Chiaverano, L. M. 2001. Historia de vida de Olindias sambaquiensis (Limnomedusae, Olindiidae) durante su fase sexual en la zona de El Rincón (Buenos Aires, Argentina): estructura de tallas, crecimiento, desarrollo e influencia ambiental en sus agregaciones. Dissertação (Mestrado), Universidad Nacional de Mar del Plata, Buenos Aires, 70pp.

    Davis, C.S., Gallager, S.M., Solow, A.R. 1992. Microaggregations of oceanic plankton observed by towed video microscopy. Science, 257: 230-232.

    De Barba, F.F.M., Bazi, C.C., Pessatti, M.L., Resgalla Jr, C. 2016. Macromedusae of southern Brazil: temporal variation, population structure and biochemical composition. Braz. J. Oceanogr. 64: 127-136.

    Gibbons, M.J., Stuart, V., Verheye, H.M. 1992. Trophic ecology of carnivorous zooplankton in the Benguela. S. Afr. J. Mar. Sci. 12: 421-437.

    Graham, W.M., Martin, D.L., Martin, J.C. 2003. In situ quantification and analysis of large jellyfish using a novel video profiler. Mar. Ecol. Prog. Ser. 254: 129-140.

    Graham, W.M., Pages, F., Hamner, W.M. 2001. A physical context for gelatinous zooplankton aggregations: a review. Hydrobiologia, 451: 199-212.

    Grant, S., Ward, P., Murphy, E., Bone, D., Abbott, S. 2000. Field comparison of an LHPR net sampling system and an Optical Plankton Counter (OPC) in the Southern Ocean. J. Plankton Res. 22: 619-638.

    Grassle, J.F., Sanders, H.L., Heisler, R.R., Rowe, G.T., Mclellan, T. 1975. Pattern and zonation: a study of the bathyal megafauna using the research submersible Alvin. Deep-Sea Res. 22: 457-481.

    Hamner, W.M., Madin, L.P., Alldredge, A.L., Gilmer, R.W., Hamner, P.P. 1975. Underwater observations of gelatinous zooplankton: sampling problems, feeding biology, and behavior. Limnol. Oceanogr. 20(6): 907-917.

    Herman, A.W. 1992. Design and calibration of a new optical plankton counter capable of sizing small zooplankton. Deep-Sea Res. 39: 395-415.

    Herman, A.W. 1988. Simultaneous measurement of zooplankton and light attenuance with a new optical plankton counter. Cont. Shelf Res. 8: 205-221.

    Laval, P., Braconnot, J.C., Carré, C., Goy, J., Morand, P., Mills, C.E. 1989. Smallscale distribution of macroplankton and micronekton in the Ligurian Sea (Mediterranean Sea) as observed from the manned submersible Cyana. J. Plankton Res. 11(4): 665-685.

    Lenz, J., Schnack, D., Petersen, D., Kreikemeier, J., Hermann, B., Mees, S., Wieland, K. 1995. The Ichthyoplankton Recorder: a video recording system for in sity studies of small-scale plankton distribution patterns. ICES J. Mar. Sci. 52: 409-417.

    Madin, L.P. 1988. Feeding behavior of tentaculate predators: in situ observations and a conceptual model. Bull. Mar. Sci. 43: 413-429.

    Olesen, N.J. 1995. Clearance potential of jellyfish Aurelia aurita, and predation impact on zooplankton in a shallow cove. Mar. Ecol. Prog. Ser. 124: 63-72.

    Omori, M., Hamner, W.M. 1982. Patchy distribution of zooplankton: behavior, population assessment and sampling problems. Mar. Biol. 72: 193-200.

    Ortner P.B., Cummings, S.R., Aftring, R.P., Edgerton, H.E. 1979. Silhouette photography of oceanic zooplankton. Nature, 277, 50-51. Passow, U. 2002. Transparent exopolymer particles (TEP) in aquatic environments. Progress Oceanogr. 55 (3-4): 287-333. http://dx.doi.org/10.1016/s0079-6611(02)00138-6.

    Passow, U., Shipe, R.F., Murray, A., Pak, D.K., Brzezinski, M.A., Alldredge, A.L. 2001. The origin of transparent exopolymer particles (TEP) and their role in the sedimentation of particulate matter. Continental Shelf Res. 21(4): 327-346. http://dx.doi.org/10.1016/s0278-4343(00)00101-1.

    Pogodin, A.G. 1998. Aurelia limbata—a new component of the scyphomedusan fauna of the Sea of Japan. Russ. J. Mar. Biol. 24(4): 264-265.

    Postel, L., Fock, H., Hagen, W. 2000. Biomass and Abundance. In: Harris, R.P.; Wiebe, P.H.; Lenz, J.; Skjoldal, H.R.; Huntley, M. (eds), Zooplankton methodology manual. Academic Press, San Diego, 83-192.

    Patwa, A., Thiéry, A., Lombard, F., Lilley, M.K.S., Boisset, C., Bramard, J-F, Bottero, J-Y, Barthélémy, P. 2015. Accumulation of nanoparticles in “jellyfish” mucus: a bio-inspired route to decontamination of nano-waste. Scientific Reports, 5(1): 1-8. http://dx.doi.org/10.1038/srep11387.

    Resgalla Jr, C. 2011. The holoplankton of the Santa Catarina coast, southern Brazil. An Acad. Bras. Cienc. 83: 575-588.

    Resgalla Jr., C., Kruger, K.C., Costa, M.A.L.M., Sarraff, T.E.S., Silva, A.L. 2023.

    Urticating macromedusae and stinging bathers on the South Atlantic coast: Oceanographic and climatological conditions of Olindias sambaquiensis (Müller, 1861) outbreaks. Cont. Shelf Res. 269: 105-128. https://doi.org/10.1016/j.csr.2023.105128.

Brazilian Journal of Aquatic Science and Technology

Ciências Ambientais, Ambientes Aquáticos e Costeiros. 

BJAST adota a política de publicação contínua de artigos. Assim, sempre que um manuscrito for aprovado para publicação, estará imediatamente disponível para leitura. 

 

Access journal