A zona costeira de Maracaípe está localizada a 60km ao sul do Recife no município de Ipojuca (Pernambuco-Brasil) e se destaca no litoral pernambucano por sua beleza natural e por apresentar dois dos biomas costeiros mais produtivos: o recifal e o estuarino. O objetivo deste trabalho foi diagnosticar a atual situação destes biomas levando-se em conta a biomassa (clorofila a) e a produtividade fitoplanctônica (C14) e algumas variáveis ambientais como profundidade, transparência da água, temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido, sais nutrientes, pH e material particulado em suspensão. Foram realizadas coletas em três meses do período de estiagem e três do chuvoso, em seis pontos de coleta fixos, na superfície, em marés de sizígia durante a baixa-mar e preamar diurna. A salinidade variou de 1 a 37, a taxa de saturação do oxigênio de 56,78 a 173,82%, o nitrito e fosfato abaixo de 1μmol.L-1, nitrato <3,5μmol.L-1 e silicato variando de 11,71 a 92,26μmol.L-1, a biomassa de 1,11 a 18,72mg.m-3 e a produtividade de 4,62 a 75,27mgC.m-3.h-1. De acordo com a ACP houve alta correlação positiva entre maré, profundidade, transparência, salinidade e O2 dissolvido e inversa com silicato, clorofila a, produtividade e taxa de assimilação, e ainda a pluviometria correlacionou-se diretamente com nitrito, nitrato e fosfato e inversamente com a temperatura. O ambiente apresentou-se homogêneo, ou seja, sem nenhuma estratificação térmica ou salina variando de oligoalino a eualino, com taxa de saturação prevalecendo supersaturada típica de área despoluída e o nível trófico variando entre oligotrófico e eutrófico. A zona costeira de Maracaípe caracterizou-se por apresentar águas claras e mornas e ainda isenta da influência de efluentes domésticos e industriais.