Polissacarídeos de parede celular da alga vermelha Laurencia microcladia foram isolados por tratamento alcalino (KOH 1M, 10 mg NaBH4, temperatura ambiente), produzindo duas subfrações por neutralização (AcOH, pH=5.2) e precipitação com EtOH, respectivamente A e B. Eletroforese em papel revelou a existência de apenas um polissacarídeo por fração. O espectro FT-IR de ambos polissacarídeos mostraram indícios de COH (OH: 3400-3300 cm-, CO: 1260-1000 cm-) e de CHC (1300 – 1000 cm-), típicos em polímeros de parede celular de algas. Um derivado Nglicosil (1640 – 1560 cm-) e baixo conteúdo ácido (0.34 mol%) são traços estruturais encontrados, ao passo que proteínas não foram encontradas. A atividade antimitótica foi observada em larvas de Lytechinus variegatus (ouriço verde), com valores crônicos de 38.18 mg/mL e 267.99 mg/mL para os polissacarídeos A e B, respectivamente. Não foram observados efeitos antagonistas para bradicinina e acetilcolina para os polissacarídeos em testes in vitro com íleo de porco-da-índia. Resultados preliminares apontaram efeito neurotóxico dessas macromoléculas (5mg/100 mL) além de assimetria do tubo neural em embriões de galinha.