DEMANDA DE ISCAS VIVAS PARA A FROTA ATUNEIRA CATARINENSE NA SAFRA DE 1998/99: CPUE, COMPOSIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DAS CAPTURAS
Data de publicação: 29/10/2010
A captura de atuns e afins pelo método de vara e isca viva foi desenvolvida e é utilizada há séculos por pescadores japoneses, posteriormente adotada por açorianos e espanhóis, entre outros. A técnica consiste em pescar com vara, linha e anzol sobre cardumes que são atraídos e mantidos próximos à embarcação pelo fornecimento periódico de iscas vivas. Esta modalidade de pesca foi introduzida no Brasil ao final da década de 70 e hoje se destaca como uma das mais rentáveis do País. O objetivo geral deste trabalho foi identificar as espécies utilizadas como isca viva nesta pescaria, suas principais áreas de captura, bem como as CPUEs empregadas pela frota sobre a isca, durante a safra de 1998/99. Durante esse período foram utilizadas como isca sete espécies pertencentes às famílias Clupeidae e Engraulidae, sendo a sardinha-verdadeira (Sardinella brasiliensis) a mais importante, representando 49%. A maior parte da biomassa foi capturada em intervalos de temperatura (25 a 28°C) e profundidade (5 a 15 metros) bem determinados, na região de Porto Belo. As CPUEs (captura por unidade de esforço) variaram entre 261,15 e 1654,3 Kg/dia de iscagem.