As praias e os demais ecossistemas litorâneos, sempre foram locais de recreação e elevado valor estético, destacando-se como o primeiro ambiente a atrair a atenção dos Educadores Ambientais pioneiros do Brasil. A forte relação entre pesquisador e objeto de estudo, sempre aproximou pesquisadores da área ambiental marinha, como oceanógrafos e biólogos, para atividades educativas, voltadas à conservação ambiental. Estas atividades a partir da década de 1980 consolidaram-se ao longo de todo o litoral brasileiro na forma de importantes projetos, muitos deles com grande engajamento comunitário e expressão nacional. Estes exemplos ilustram a grande vinculação histórica até hoje existente entre a Educação Ambiental e profissionais da área de meio ambiente.Apesar do avanço da legislação, a Educação Ambiental vem sendo inserida no ensino superior brasileiro com atraso histórico. A inserção no ensino fundamental e médio, via de regra constitui-se de iniciativas esparsas, sem amparo de programas formais, carecendo de embasamento teórico e metodológico. Dentro deste cenário destaca-se a importância da responsabilidade social da Universidade, tanto no desenvolvimento de saber acadêmico, quanto no suporte técnico para inserção da E.A. no ensino fundamental e médio. Esta responsabilidade contrasta com a grande carência de cursos de pós-graduação em E.A. no Brasil, e uma necessidade de consolidar E.A. como campo do saber e objeto de pesquisa e ensino na academia. Dentro desta perspectiva o Laboratório de Educação Ambiental – LEA – da UNIVALI, locado no Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar), vem contribuindo para a inserção curricular da E.A. no ensino superior. Atualmente vem trabalhando dentro dos cursos de formação na área ambiental, produzindo e disseminando experimentos e práticas pedagógicas em Educação Ambiental na Zona Costeira, e executando projetos em parceria com movimentos de base comunitária, ONG´s Ambientalistas, e Prefeituras Municipais na porção centro-norte do litoral catarinense.