Danos teciduais, efeito mutagênico e alteração na defesa antioxidante em Danio rerio (Cypriniformes: Cyprinidae) após exposição crônica ao Cloridrato de Metformina.
DOI:
https://doi.org/10.5132/eec.2022.02.12Palavras-chave:
Contaminação ambiental, mutagenicidade, micronúcleo, estresse oxidativo, xenobióticos, ZebrafishResumo
O cloridrato de metformina (MET) é um medicamento oral prescrito para pacientes com diabetes, sendo grande parte de seus metabólitos eliminados na urina. Os sistemas de saneamento básico não são totalmente eficazes na remoção de todos os contaminantes, promovendo a contaminação dos rios e reservatórios de abastecimento. O objetivo deste estudo foi testar os potenciais efeitos do MET sobre o sistema antioxidante, mutagênico e danos teciduais em D. rerio. Os animais foram aclimatados e separados em seis grupos e expostos a diferentes concentrações de MET (0,00, 0,25, 0,50, 0,75, 1,25 g.L-1) durante um período de 96 horas para determinação da CL50. Em outro experimento, foram separados cinco grupos de dez animais: quatro grupos para avaliação do efeito crônico de 0,45 g.L-1 de cloridrato de metformina (15, 30, 45 e 60 dias) e um grupo controle negativo (NC). O sistema antioxidante e os danos teciduais foram avaliados nas amostras de tecido muscular, a mutagenicidade avaliada em amostras de sangue. A presença de estresse oxidativo e mutagenicidade, juntamente com a ativação do sistema antioxidante, mostrou-se até 30 dias de tratamento, com intensos danos teciduais em 60 dias e surgimento de células apoptóticas, o que evidencia o potencial tóxico desta droga para populações aquáticas não-alvo.
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