Este texto é parte de uma pesquisa de doutorado em andamento que busca interrogar a constituição do autismo como objeto material-discursivo e sua relação com formas específicas de concepção da linguagem. Aqui, trata-se de pegar emprestado a figura do autômato para interrogar o acontecimento do autismo – leia-se: sua emergência histórica, sua espectralidade e a relação entre o aumento exponencial de casos no últimos anos e a virtualização das relações sociais. Neste ínterim, objetiva-se traçar algumas reflexões a respeito da consonância do autista e do autômato, enquanto pista genealógica para pensar o autismo como fenômeno que se alastra da clínica à política.
Este Congresso Científico busca interpelar e compreender as novas roupagens da biopolítica a partir da transmutação do eu a um perfil, bem como a modificação e criação de organismos a partir dos saberes emergentes das ciências biotecnológicas. Tais proposições são organizadas a partir de um trabalho conjunto de três Grupos de Pesquisa de três universidades brasileiras (UNIVALI, UFSC e UFS).