A tradição filosófica ocidental tem no mito de Prometeu a alegoria fundante da técnica como algo inerente ao ser humano. O mito é antropocêntrico e nos mostra que quando o humano foi criado ele foi dotado de uma natureza inacabada, compensada pelo uso da técnica. O corpo colonizado pelo algortimo é um corpo que está constantemente plugado em um sistema de controle digital da vida e que tem como horizonte a produção de uma percepção de si totalmente mediada pelos aparatos da tecnovigilância, impossibilitando, assim, uma dobra sobre si, a partir do qual uma subjetividade produzida criativamente com os Outros corpos possa emergir.
Este Congresso Científico busca interpelar e compreender as novas roupagens da biopolítica a partir da transmutação do eu a um perfil, bem como a modificação e criação de organismos a partir dos saberes emergentes das ciências biotecnológicas. Tais proposições são organizadas a partir de um trabalho conjunto de três Grupos de Pesquisa de três universidades brasileiras (UNIVALI, UFSC e UFS).