• Resumo

    BAIXO PESO AO NASCER E INSEGURANÇA ALIMENTAR ENTRE GESTANTES DO MUNICÍPIO DE COLOMBO/PR

    Data de publicação: 13/09/2022

    Introdução. O peso ao nascer interfere na sobrevida, no período neonatal e pós-neonatal, além de influenciar no crescimento e no desenvolvimento da criança, bem como apresentar reflexos na vida adulta. Crianças nascidas abaixo de 2.500g, são consideradas com baixo peso pela Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo esse um indicador relevante de saúde materno-infantil. Outro critério importante é considerar o peso ao nascer em relação à idade gestacional, o que permite identificar nascidos pequenos para idade gestacional (PIG). A nutrição e as condições de saúde materna são fatores importantes antes, durante e após a gestação para o crescimento do feto, desenvolvimento da criança e da saúde na vida adulta. A insegurança alimentar (IA), é uma das causas de carências ou distúrbios alimentares na gestação, com potencial de gerar mudança epigenética, e prejuízos no crescimento intrauterino, e consequências ao nascimento, seja com bebês com peso baixo ou elevado, com efeitos em longo prazo. Objetivo. Analisar a associação entre baixo peso ao nascer e pequeno para idade gestacional com insegurança alimentar na gestação. Metodologia. Inicialmente, as gestantes em acompanhamento pré-natal foram entrevistadas no período de março de 2018 a novembro de 2019. Posteriormente, informação relativas ao parto, foram extraídas das declarações de nascido vivo. Foram considerados BPN os nascidos com menos de 2.500g; e PIG quando percentil inferior a 10, considerando padrão de referência Intergrowth 21st. As variáveis independentes foram: condições demográficas e socioeconômicas, comportamentos relacionados à saúde, informações de nascimento e IA. Foram estimadas razões de prevalência (RP) com intervalo de confiança de 95% (IC95%) de BPN e de PIG em relação às variáveis de exposição. Resultados. Foram entrevistadas 604 gestantes, sendo 557 (92,2%) consideradas elegíveis, resultando em 565 bebês, dos quais 14 gemelares. A maioria das gestantes tinha entre 20 a 34 anos (74,0%, idade média 26 anos). A prevalência de BPN e de PIG foi a mesma: 6,4% (IC95% 4,6; 8,7). Ao investigar a prevalência isolada de BPN e PIG, e concomitante dos dois desfechos com a prevalência de IA, identificou-se que 25,0% dos bebês das gestantes classificadas com IA moderada ou grave apresentaram BPN e/ou PIG. A prevalência de BPN e PIG foi maior entre as gestantes com IA modera/grave (RP 5,7 IC95% 2,52;12,79) e (RP 2,63 IC95% 1,04; 6,68), respectivamente. A prevalência simultânea de BPN e PIG foi de 10,8%% entre as gestantes com IA moderada/grave, em comparação a 3,9% e 3,2% e das mulheres que na entrevista estavam em segurança alimentar ou foram classificadas com IA leve, respectivamente. Para BPN isoladamente as prevalências foram: 8,1%, 2,0% e 1,3%, no grupo com IA moderada/grave, IA leve, ou em segurança alimentar, respectivamente. Conclusões. A prevalência de IA das gestantes em Colombo (43,7%) foi maior do que a média nacional, identificando associação entre BPN e/ou PIG com níveis mais avançados de IA nessa comunidade.

    Palavras-chave: Insegurança alimentar. Segurança alimentar e nutricional. Gravidez. Baixo peso ao nascer. Recém-nascido de baixo peso.

ANAIS AMNET

Considerando o rápido crescimento das Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil e no mundo aliada a pandemia da COVID-19, o Mestrado Profissional em Saúde e Gestão do Trabalho (Univali) em parceria com a Rede de Vigilância em Doenças Crônicas das Américas - AMNET (AMERICAS’ NETWORK FOR CHRONIC DISEASE SURVEILLANCE) e apoio da Universidade Pontifícia Católica do Rio Grande do Sul, Universidade Internacional da Flórida (EUA), Universidade de Antioquia (Colômbia) e pela Universidade Mar del Plata (Argentina) promoveram o I SIMPÓSIO DE DOENÇAS CRÔNICAS: perspectivas, tendências e inovação & XVIII CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA REDE AMNET, o qual foi realizado nos dias 22, 23 e 24 de setembro de 2021, gratuitamente e de modo virtual. Foram  momentos de socialização em experiências de ensino, pesquisa e inovação, nas dimensões epidemiológica e social, com a integração interinstitucional de caráter nacional e internacional, para o desenvolvimento de ações com vistas a redução da morbimortalidade das principais doenças crônicas.

 

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