O artigo propõe uma abordagem dos Grrrlzines como comunidades fundadas em torno de um objeto cultural que envolve a produção de textos, fotos e outros materiais sobre a participação das mulheres na cena punk (e na sociedade em geral) em Portugal. Nesse contexto, parte-se do entendimento dos fanzines como uma mídia alternativa da modernidade tardia, capaz de revelar o movimento punk e o ethosDIY associado a ele para identificar num conjunto de fanzinesriot portugueses as suas mensagens e sentidos com o objetivo de compreender a sua relevância como veículo de comunicação para a disseminação das ideias de sua comunidade, assim como, destacar estratégias e entendimentos de empoderamento feminino face a uma sociedade ainda bastante vinculada à dominação simbólica, social e cultural masculina.
Revista académica vinculada aos cursos de Comunicação e ao Programa de Mestrado em Gestão de Políticas Públicas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali).