Este artigo apresenta uma reflexão sobre análise do discurso e jornalismo. Para entender a relação de um texto com suas condições sócio-históricas, sugerimos que o gesto de leitura do discurso jornalístico deve fazer trabalhar a noção-conceito de interdiscurso, bem como os efeitos relativos ao trabalho da memória em cada dizer. Trata-se de pensar o discurso jornalístico como formador de redes interdiscursivas, por meio de retomadas, réplicas, atualizações e deslocamentos de outros tantos já-ditos. O desafio do analista é entender como uma interdiscursividade afeta os efeitos de sentido, além de pensar as especificidades do fazer jornalístico também em relação aos efeitos que sua prática discursiva instala.
Revista académica vinculada aos cursos de Comunicação e ao Programa de Mestrado em Gestão de Políticas Públicas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali).