O presente artigo busca pensar o Jornalismo Literário a partir das implicações da segunda ruptura epistemológica presente no livro “Introdução a uma ciência pós-moderna”, de Boaventura de Sousa Santos (1989). O trabalho também tensiona algumas questões presentes em “Epistemologias do Sul”, centradas, principalmente, nas acepções da passagem de um pensamento abissal para um pós-abissal, englobando a perspectiva de uma ecologia de saberes. Nesse sentido, a segunda ruptura epistemológica corrobora para a problematização do Jornalismo Literário como arena de desconstrução/articulação e como pressuposto para a autonomia da criatividade individual e social da práxis jornalística. Como resultado, busca-se tomar o Jornalismo Literário como espaço agonístico – rearticulador do senso comum e de uma perspectiva pós-abissal.
Palavras-chave: Jornalismo literário; epistemologia; pensamento pós-abissal; ecologia de saberes.
Revista académica vinculada aos cursos de Comunicação e ao Programa de Mestrado em Gestão de Políticas Públicas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali).