Neste artigo, analisa-se como a revista Trip, em edição especial voltada para a temática da vintage e do retrô, articula, a partir da memória, sentidos sobre o passado e elabora uma conceitualização sobre o tema. Discute-se como a revista, ao cruzar diversos regimes temporais, afirma uma posição editorial enquanto oferta ao leitor a possibilidade de reviver uma experiência passada – ou vivê-la – de forma utópica. A revista utiliza-se das noções de saudade e nostalgia para construir uma leitura do “retrô” como fenômeno. Observa-se que Trip confere valor a práticas culturais e midiáticas através de uma escala de referências tanto do imaginário coletivo quanto da lógica noticiosa e do consumo. Com isso, a publicação cria um movimento de autorreferencialidade e uma temporalidade para seus leitores e para si mesma.
Academic magazine linked to Communication courses and the Master's Program in Public Policy Management at the University of Vale do Itajaí (Univali).