Pluralidade e hibridação poética são elementos imanentes à estética do cinema de arte produzido no Irã. As temáticas universais, a autorreflexividade e a forte presença do cerceamento do Islã moldaram, ao longo dos anos, uma nova forma de fazer cinema que os realizadores persas encontraram para expressar a realidade social do país. As vozes humanistas e realistas dialogam com a proposta do Neorrealismo Italiano, a autonomia criativa dos realizadores remete ao movimento inovador da Nouvelle Vague francesa e, em alguns aspectos, ao Terceiro Cinema.Neste artigo, pretendemos elucidar o controle do estado sobre o cinema do Irã e as estratégias estéticasde um cinema de poesia e realismo subjetivo exclusivas dos realizadores para contornar o sistema de coerção do estado islâmico.
Revista académica vinculada a las carreras de Comunicación y a la Maestría en Gestión de Políticas Públicas de la Universidad de Vale do Itajaí (Univali).