A impossibilidade da objetividade e da neutralidade é amplamente discutida no âmbito das teorias construcionistas do jornalismo, fundamentalmente respaldadas por pesquisas empíricas que, principalmente a partir dos estudos de newsmaking, trazem imensa contribuição ao campo desde a década de 1970. Neste artigo discuto a presença das visões de mundo e dos gostos pessoais dos jornalistas incidindo nos processos de produção de notícias televisivas que, como tal, refutam a possibilidade das notícias serem um reflexo da realidade, sendo, sim, uma construção social da realidade em que o jornalista é ponto central. Os elementos trazidos nesta discussão são parte dos dados de minha pesquisa de mestrado obtidos a partir de um estudo etnográfico realizado ao longo de onze semanas junto a um programa jornalístico da RBS TV.
Revista académica vinculada a las carreras de Comunicación y a la Maestría en Gestión de Políticas Públicas de la Universidad de Vale do Itajaí (Univali).