A produção do livro-reportagem é menos marcada pelos limites do jornalismo comercial. Diferente dos jornais, o livro é apresentado aos leitores como um produto mais perene e contextualizado. Este artigo propõe uma reflexão teórica sobre os mecanismos de representação do real no livro-reportagem, tomando por base o pensamento de Berger e Luckmann (2007), Bordieu (1997), Hall (1997), além das relações de Correia (2005) com as ideias de Alfred Schutz e o jornalismo como campo narrativo. Essas concepções são comparadas com as dos raros pesquisadores do assunto, Lima (2009), Vilas Boas (2006) e Catalão (2010). Conclui-se que as condições ímpares de produção não garantem, por si só, que o livro-reportagem nascerá livre de estereótipos.
Revista académica vinculada a las carreras de Comunicación y a la Maestría en Gestión de Políticas Públicas de la Universidad de Vale do Itajaí (Univali).