CRIATIVIDADE, TIMIDEZ E EMPREGABILIDADE
Data de publicação: 31/08/2021
Objetivo: analisar a relação entre a autopercepção da criatividade, a timidez e a empregabilidade do indivíduo.
Procedimentos metodológicos: foi realizada uma pesquisa quantitativa com 152 respondentes, por meio de análise fatorial exploratória, a fim de desenvolver uma escala unificada de criatividade individual percebida e uma análise de regressão para avaliar os efeitos da criatividade individual percebida e da timidez sobre a empregabilidade.
Resultados: a timidez está negativamente relacionada à criatividade individual percebida pelos indivíduos. Embora indivíduos mais criativos tenham menos medo de ficar desempregados e tenham mais esperança de se reposicionarem profissionalmente, não há evidências da relação entre empregabilidade, criatividade e timidez, no que diz respeito à experiência anterior de desemprego.
Limitações: a pesquisa considerou apenas indivíduos residentes em algumas regiões do Brasil, com grau de escolaridade acima ou igual ao ensino superior. Não foi controlada a profissão, mesmo que criatividade possa ter relevância diferente de um setor econômico para outro.
Implicações práticas: contribui para a compreensão dos efeitos de condições intrínsecas ao indivíduo – especificamente, criatividade e timidez – na inserção no mercado de trabalho.
Implicações teóricas: foi proposta uma escala validada de criatividade individual. Além disso, o estudo contribui na interpretação de características específicas de personalidade – como a timidez – e de habilidades individuais – como a criatividade individual – como fatores a serem considerados em estudos sobre recursos humanos e empregabilidade.
Originalidade: A pesquisa oferece uma escala para mensurar a autopercepção de criatividade e analisa separadamente os fatores que constituem a criatividade individual percebida em relação à timidez e a empregabilidade.