• Resumo

    ANTECEDENTES ATITUDINAIS DE CAPACIDADES DINÂMICAS

    Data de publicação: 24/02/2022
    Objetivo: O objetivo geral foi identificar os antecedentes atitudinais de capacidades dinâmicas. Para tal, foi adotado o método baseado na grounded theory. Design / metodologia / abordagem: Como estratégias para coleta de dados, foram realizadas entrevistas de história oral de vida temática e entrevistas em profundidade. Foram adotados o método das comparações constantes e os processos de codificação aberta, axial e seletiva. Resultados: Foi possível concluir, a partir da teoria substantiva que emergiu do campo de pesquisa, que as capacidades individuais fundamentaram a atitude intraempreendedora dos gestores de projetos de inovação. Essas capacidades individuais se associaram às capacidades organizacionais de percepção (autoconhecimento, autonomia, avaliação emocional, detalhismo e iniciativa), de apreensão (perspectiva positiva, abstração, análise crítica, controle emocional, criatividade, satisfação com aprendizagem e visão estratégica) e de reconfiguração (argumentação, autoconfiança, comunicação, disciplina, empatia, escuta ativa, flexibilidade, lidar com pressão, resistência a frustrações e visão sistêmica). Esta análise agregada revelou elementos cognitivos e emocionais emergentes, que romperam com os aspectos rotineiros do gerenciamento de projetos, consubstanciando a atitude intraempreendedora dos gestores participantes deste estudo. Originalidade / valor: A principal contribuição do estudo foi a identificação de capacidades individuais e de comportamentos coletivos que funcionam como gatilhos atitudinais das capacidades organizacionais de percepção, apreensão e reconfiguração de recursos pró-inovação. Potencialmente, essa contribuição pode ser usada para a condução de processos de recrutamento/seleção e capacitação de gestores de projetos de inovação.
  • Referências

    Adner, R., & Helfat, C. E. (2003). Corporate effects and dynamic managerial capabilities. Strategic Management Journal, 24(10), 1011-1025.

    Alvarenga, M. A., & da Costa, P. R. (2019). Gestores de projetos de inovação e trajetória de carreira sob a perspectiva proteana. Revista de Empreendedorismo, Negócios e Inovação, 4(1), 27-41.

    Alvarenga, M. A., & da Costa, P. R. (2020). Intraempreendedorismo: Uma Proposta para Reorganização da Literatura. Revista de Empreendedorismo, Negócios e Inovação, 5(1), 57-80.

    Antoncic, B., & Hisrich, R. D. (2003). Clarifying the intrapreneurship concept. Journal of Small Business and Enterprise Development, 10(1),7-24.

    Aragón, C. J. A., & Sharma, S. (2003). A contingent resource-based view of proactive corporate environmental strategy. Academy Of Management Review, 28(1), 71-88.

    Bandeira-de-Mello, R. (2002). Uma teoria substantiva da adaptação estratégica a ambientes turbulentos e com forte influência governamental: o caso das pequenas construtoras de edificações. Tese de doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.

    Bandeira-de-Mello, R., & Cunha, C. J. C. A. (2006). Grounded theory. In Godoi, C. K., Bandeira-de-Mello, R., & Silva, A. B. (Orgs.). Pesquisa qualitativa em estudos organizacionais: paradigmas, estratégias e métodos. São Paulo: Saraiva.

    Bendig, D., Strese, S., Flatten, T. C., da Costa, M. E. S., & Brettel, M. (2018). On micro-foundations of dynamic capabilities: a multi-level perspective based on CEO personality and knowledge-based capital. Long Range Planning, 51(6), 797-814.

    Bock, A. J., Opsahl, T., George, G., & Gann, D. M. (2012). The effects of culture and structure on strategic flexibility during business model innovation. Journal of Management Studies, 49(2), 279-305.

    Bock, A. M. B., Furtado, O., & Teixeira, M. L. T. (2002). Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo: Saraiva.

    Böhm, A. (2004). Theoretical coding: text analysis in grounded theory. In Flick, U., von Kardoff, E., & Steinke, I. (Eds.). A companion to qualitative research. London: Sage.

    Carvalho, M. M., & Rabechini, R., Jr. (2011). Fundamentos em gestão de projetos: construindo competências para gerenciar projetos. São Paulo: Atlas.

    Corbin, J., & Strauss, A. (1990). Grounded theory research: procedures, canons and evaluative criteria. Zeitschrift für Soziologie, 19(6), 418-427.

    Dobelin, S. (2015). Os efeitos da adoção de práticas de inovação gerencial sobre a flexibilidade organizacional. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

    Gavetti, G. (2012). Perspective: Toward a behavioral theory of strategy. Organization Science, 23(1), 267-285.

    Helfat, C. E., & Peteraf, M. A. (2015). Managerial cognitive capabilities and the microfoundations of dynamic capabilities. Strategic Management Journal, 36(6), 831-850.

    Herrmann, J. D., Sangalli, L. C., & Teece, D. J. (2017). Dynamic capabilities: fostering an innovation-friendly environment in Brazil. Revista de Administração de Empresas, 57(3), 283-287.

    Hitt, M. A., Ireland, R. D., & Hoskisson, R. E. (2007). Strategic management: competitiveness and globalization: concepts. Mason: Thomson South-Western.

    Hodgkinson, G. P., & Healey, M. P. (2011). Psychological foundations of dynamic capabilities: reflexion and reflection in strategic management. Strategic Management Journal, 32(13), 1500-1516.

    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2012). Demografia das Empresas: 2010, Rio de Janeiro, RJ, Gerência do Cadastro Central de Empresas. Recuperado em 20 de agosto de 2017, de http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv61536.pdf.

    Kerzner, H. (2011). Gerenciamento de projetos: uma abordagem sistêmica para planejamento, programação e controle. São Paulo: Blücher.

    Mahringer, C. A., & Renzl, B. (2018). Entrepreneurial initiatives as a microfoundation of dynamic capabilities. Journal of Accounting & Organizational Change, 14(1), 61-79.

    Mattos, P. L. C. L. (2006). Análise de entrevistas não estruturadas: da formalização à pragmática da linguagem. In Godoi, C. K., Bandeira-de-Mello, R., & Silva, A. B. (Orgs.). Pesquisa qualitativa em estudos organizacionais: paradigmas, estratégias e métodos. São Paulo: Saraiva.

    Meihy, J. C. S. B., & Ribeiro, S. L. S. (2011). Guia prático de história oral: para empresas, universidades, comunidades, famílias. São Paulo: Contexto.

    Meirelles, D. S., & Camargo, A. A. B. (2014). Capacidades dinâmicas: o que são e como identificá-las?. Revista de Administração Contemporânea, 18, 41-64.

    Mendonça, A. T. B. B., Remonato, R. L. C., Maciel, C. O., & Balbinot, Z. (2013). Grounded theory. In Takahashi, A. R. W. (Org.). Pesquisa qualitativa em administração: fundamentos, métodos e usos no Brasil. São Paulo: Atlas.

    Mudalige, D., Ismail, N. A., & Malek, M. A. (2019). Exploring the role of individual level and firm level dynamic capabilities in SMEs’ internationalization. Journal of international Entrepreneurship, 17(1), 41-74.

    Nobre, F. S., Tobias, A. M., & Walker, D. S. (2011). Uma visão da empresa baseada em habilidades: contextos estratégicos e contingenciais. Revista de Administração Contemporânea, 15(3), 413-432.

    Pavlou, P. A., & El Sawy, O. A. (2011). Understanding the elusive black box of dynamic capabilities. Decision Sciences, 42(1), 239-273.

    Robbins, S. P. (2005). Comportamento Organizacional (11a ed.). São Paulo: Pearson.

    Sabbag, P. Y. (2013). Gerenciamento de projetos e empreendedorismo. São Paulo: Saraiva.

    Salvato, C., & Vassolo, R. (2018). The sources of dynamism in dynamic capabilities. Strategic Management Journal, 39(6), 1728-1752.

    Teece, D. J. (2007). Explicating dynamic capabilities: the nature and microfoundations of (sustainable) enterprise performance. Strategic Management Journal, 28(13), 1319-1350.

    Teece, D. J., & Pisano, G. (1994). The dynamic capabilities of firms: an introduction. Industrial and Corporate Change, 3(3), 537-556.

    Teece, D. J., Pisano, G., & Shuen, A. (1997). Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, 18(7), 509-533.

    Vergara, S. C. (1990). Tipo de pesquisa em administração. Cadernos EBAP, 50, 1-9.

    Wilden, R., Devinney, T. M., & Dowling, G. R. (2016). The architecture of dynamic capability research identifying the building blocks of a configurational approach. Academy of Management Annals, 10(1), 997-1076.

    Wilden, R., Gudergan, S. P., Nielsen, B. B., & Lings, I. (2013). Dynamic capabilities and performance: strategy, structure and environment. Long Range Planning, 46(1-2), 72-96.

    Williamson, J. M., Lounsbury, J. W., & Han, L. D. (2013). Key personality traits of engineers for innovation and technology development. Journal of Engineering and Technology Management, 30(2), 157-168.

    Wójcik, P., & Ciszewska-Mlinarič, M. (2020). The impact of cognitive and behavioral factors on the export performance: a dynamic capabilities perspective. European Business Review, 33(3), 427-449.

Revista Alcance

A Revista Alcance é uma revista brasileira de livre acesso, com publicação quadrimestral, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Administração e Programa de Mestrado Profissional em Administração - Gestão, Internacionalização e Logística da Universidade do Vale do Itajaí – Univali. Procuramos publicar artigos de trabalhos teóricos-empíricos e tecnológicos nas áreas da Administração. Diferentes perspectivas teóricas e metodológicas são bem-vindas, desde que sejam consistentes e relevantes para o desenvolvimento da área. 

Access journal