ESTRATÉGIA AMBIDESTRA EM REDES DE RESTAURANTES: O DILEMA “PADRONIZAÇÃO VS INOVAÇÃO”
Data de publicação: 19/11/2018
As empresas de alimentação que se expandem através de replicação enfrentam dois desafios: a busca por exploration (capacidade de inovar) e exploitation (padronização). De um lado exploration está ligado a ideia de criação de novos processos e rotinas. Por outro, exploitation é a capacidade de aperfeiçoar processos já existentes. Perseguir simultaneamente essas duas capacidades é possuir uma estratégia ambidestra. Existem duas formas de ambidestria: estrutural e contextual. A ambidestria contextual parte da premissa que exploration e exploitation podem ser executadas pelo mesmo grupo de trabalho. A ambidestria estrutural, por sua vez, consiste na formação de estruturas organizacionais dedicadas a exploration/exploitation.
O objetivo deste artigo é entender como a redes de restaurantes perseguem estratégias ambidestras, determinando qual o tipo de ambidestria adotada em cada situação gerencial. Para atingir tal objetivo o presente estudo se desenvolveu a partir de 9 entrevistas semiestruturadas com gestores com visão estratégica de redes de restaurantes da cidade do Rio de Janeiro.
Este estudo foi capaz de identificar dois níveis de ambidestria estrutural em redes de restaurantes: a natural e a deliberada. De forma análoga, foram encontrados níveis de engajamento das redes com a estratégia ambidestra na forma contextual: na cúpula da rede, na unidade dos restaurantes e no nível individual, dos funcionários das unidades.
Dessa forma, este artigo contribui para o debate acadêmico e para o gerenciamento estratégico da estratégia ambidestra em cadeias empresariais tendo como ponto de partida o trade off entre inovação e padronização.