A formação docente no Brasil tem sido impactada por políticas educacionais que padronizam o ensino, como a BNCC e a BNC-Formação. Essas normativas estabelecem diretrizes que reduzem a autonomia pedagógica, promovendo um modelo tecnicista e instrumental. A análise fundamenta-se na teoria foucaultiana, especialmente nos conceitos de biopolítica e tecnologias de poder, para discutir como essas políticas conduzem os docentes a uma reprodução massificada de conteúdos e práticas. A crescente adoção de planejamentos prontos disponibilizados na internet, sob o discurso de alinhamento à BNCC, evidencia a padronização do ensino e a mercantilização da formação docente. Esse cenário reforça a lógica neoliberal ao transformar o currículo em um instrumento operacionalizável e aparentemente neutro, restringindo a reflexão crítica e a criatividade. A pesquisa qualitativa, baseada em análise documental e revisão bibliográfica, aponta a necessidade de repensar as políticas educacionais para fortalecer a autonomia e a inovação pedagógica.
Este Congresso Científico busca interpelar e compreender as novas roupagens da biopolítica a partir da transmutação do eu a um perfil, bem como a modificação e criação de organismos a partir dos saberes emergentes das ciências biotecnológicas. Tais proposições são organizadas a partir de um trabalho conjunto de três Grupos de Pesquisa de três universidades brasileiras (UNIVALI, UFSC e UFS).
