(DES)IGUALDADE DE GÊNERO NO LOCAL DE TRABALHO E PRÁTICAS DE RECURSOS HUMANOS
Data de publicação: 16/10/2020
O objetivo desse artigo é examinar se as práticas de RH voltadas para o atendimento, a atração e a retenção de mulheres nas organizações estão associadas à equidade de gênero. Foram utilizadas informações do banco de dados de 2017 das Melhores Empresas para Trabalhar. A amostra foi constituída por 365 organizações e aproximadamente 250.000 trabalhadores, sendo a maioria homens (58,30%). Foram coletadas informações relativas ao tempo de atividade das organizações no Brasil, à origem do capital, ao ramo de atividade, ao total de trabalhadores (por cargo e sexo) e às práticas de RH direcionadas às mulheres. As técnicas de análise de dados incluíram estatísticas descritivas, Análise de Correspondência Simples (ANACOR) e escalonamento multidimensional (MDS). Foi constatada a presença substancialmente menor de mulheres nos níveis de gestão de equipes (supervisor/coodendador, gerente e diretor/presidente). Essa desigualdade de gênero pode refletir o fato de a maioria das empresas (62,47%) não possuírem práticas de RH que estimulem o desenvolvimento de carreiras de mulheres. O resultado da Análise de Correspondência Simples evidenciou que não há associação entre práticas de RH e equidade de gênero nas organizações pesquisadas.