Objetivo: Este artigo teórico tem como objetivo explorar a estratégia da marca empregadora como um dispositivo de subjetivação nas organizações contemporâneas, analisando seu impacto na identidade e comportamento dos trabalhadores.
Design/Metodologia/Abordagem: Realizou-se uma revisão seletiva da literatura que embasa teoricamente as dinâmicas da marca empregadora no contexto do capitalismo contemporâneo. Explorou-se a lacuna na integração entre Marketing e Estudos Organizacionais, adotando uma abordagem crítica e selecionando fontes seminalistas para contextualizar esse fenômeno dentro das dinâmicas atuais do capitalismo.
Resultados: Os resultados destacam a marca empregadora não apenas como uma estratégia de Recursos Humanos, mas como um dispositivo de subjetivação do trabalhador. Essa abordagem crítica amplia as análises tradicionais sobre o papel da marca no ambiente organizacional.
Limitações/Implicações da Pesquisa: As limitações incluem a necessidade de estudos empíricos para validar conclusões teóricas, ressaltando a complexidade da marca empregadora e a importância de abordagens conscientes na gestão de pessoas.
Implicações Práticas: O estudo destaca a importância de abordagens conscientes na gestão de pessoas e na construção da marca empregadora para promover uma cultura organizacional sustentável e ética.
Implicações Sociais: O manuscrito aborda a formação de subjetividades dos trabalhadores, questionando o papel das organizações na modelagem dessas subjetividades e apontando para a necessidade de práticas mais éticas e socialmente responsáveis.
Implicações Teóricas: No âmbito teórico, o estudo contribui para os Estudos Organizacionais ao destacar lacunas na literatura e propor uma análise crítica da estratégia da marca empregadora, desafiando perspectivas convencionais.
Originalidade/Valor: A originalidade do estudo está na abordagem crítica da marca empregadora como dispositivo de subjetivação. Contribui para os Estudos Organizacionais e sugere práticas éticas na gestão de pessoas.
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