
Objetivo – O presente estudo tem por objetivo testar a escala de coolness desenvolvida por Kock (2021) para o contexto dos restaurantes brasileiros.
Desenho/metodologia/abordagem – Primeiramente, a escala coolness passou por uma tradução e validação de conteúdo. Após isso, foram coletados dados, por meio de um survey online, de 207 participantes que já frequentaram algum restaurante considerado cool, com base no conceito de coolness. Para analisar os dados, aplicou-se a técnica de Modelagem de Equações Estruturais (MEE) por meio do software SmartPLS 3.
Resultados – Os resultados mostraram que a escala coolness é válida em contexto de restaurantes brasileiros, pois apresentou índices significantes de validade e confiabilidade. Foi possível perceber maior relevância da dimensão ‘originalidade’, que obteve o maior coeficiente estrutural (0,830).
Implicações da pesquisa – Em termos teóricos, a pesquisa evidencia que a escala pode ser aplicada em restaurantes e estudos complementares podem ser feitos para observar a relação entre coolness e outros construtos.
Implicações práticas – Diante da competitividade do segmento de restaurantes, acredita-se que a percepção de coolness por parte dos consumidores pode ser uma fonte de vantagem competitiva relevante para os estabelecimentos desse ramo.
Originalidade/valor – Trata-se de um estudo que testa o conceito de coolness em restaurantes, o que ainda não foi feito em pesquisas no turismo. Isso é relevante para o avanço do conhecimento, pois turistas que visitam destinos descolados também querem comer em restaurantes descolados.
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