• Resumo

    Significados do Lazer e seus Impactos na Experiência de Escapismo, Realização Pessoal e Uso dos Espaços

    Data de publicação: 26/08/2025

    Objetivo – O estudo visa a analisar como os significados de lazer relacionam-se com as escolhas e hábitos de lazer em uma comunidade.

    Desenho/metodologia/abordagem – A pesquisa é quantitativa e descritiva, utilizando dados secundários do Projeto Focus. A amostra inclui 3.959 respondentes, estratificados por idade, gênero, escolaridade e renda. A análise baseia-se nas dimensões do lazer de Schulz e Watkins (2007): Escapar da Pressão e Alcançar a Realização.

    Resultados – Os resultados mostram que o lazer é utilizado tanto para aliviar as pressões cotidianas quanto para alcançar a realização pessoal. Espaços públicos estão associados a uma maior sensação de liberdade e satisfação emocional, enquanto ambientes privados tendem a limitar essas experiências. Padrões comportamentais destacam a conexão entre bem-estar e escolhas recreativas.

    Implicação prática – O estudo destaca a necessidade de políticas públicas inclusivas e investimentos em infraestrutura para democratizar o acesso a espaços e atividades de lazer, garantindo alívio do estresse, realização pessoal e bem-estar social — especialmente em contextos socioeconomicamente desiguais, como o Brasil.

    Originalidade/valor – O estudo integra significados subjetivos de lazer com hábitos práticos, utilizando uma amostra representativa. Sua abordagem multidimensional fornece insights para a promoção do bem-estar, enfatizando a importância dos espaços públicos e as dimensões emocionais do lazer.

    Limitações da pesquisa – Os resultados do estudo são limitados por uma amostra geograficamente restrita (afetando a generalização) e um desenho transversal (impedindo inferências causais), destacando a necessidade de pesquisas mais diversificadas e longitudinais.

  • Referências

    Alanazi, H. M. N. (2024). The role of leisure activities in enhancing well-being in Saudi’s retired community: a mixed methods study. Humanities and Social Sciences Communications,11(1), 1-17. https://doi.org/10.1057/s41599-024-03126-x

    Bonalume, C. R., Tavares, M. L., Isayama, H. F., & Stoppa, E. A. (2023). Mulheres, trabalho e lazer no Brasil: entre tempos, gostos, desejos e a fruição de um direito. Revista estudos feministas, 31(2), e83799. https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n283799

    Cavalcante, F. R., Nascimento, O. A. D. S., & Lazzarotti Filho, A. (2023). Nas privadas recreação, nas públicas educação: as características das disciplinas relacionadas ao lazer nos cursos de Educação Física. Movimento, 29, e29026. https://doi.org/10.22456/1982-8918.127561

    de Magalhães Silva, F. R., Miranda, C. M. S., Reinert, P. S., Patricio, G. A., & Rodrigues, N. C. (2025). O greenwashing e a preservação da identidade corporativa: um estudo das ações de esg na moda de luxo: UM ESTUDO DAS AÇÕES DE ESG NA MODA DE LUXO. ReMark-Revista Brasileira de Marketing, 24(1), 237-304. https://doi.org/10.5585/2025.26399

    Duarte, S. L., Silvestre, B. M., de Paiva, A. V., & Silva, D. S. (2024). Canais de participação da sociedade civil nas políticas públicas de esporte e lazer: o caso de Campo Grandeno Brasil. Retos: nuevas tendencias en educación física, deporte y recreación, (58), 205-213. https://doi.org/10.47197/retos.v58.106479

    Elisondo, R. C., Soroa, G., & Flores, B. (2022). Leisure activities, creative actions and emotional creativity. Thinking skills and Creativity, 45, 101060. https://doi.org/10.1016/j.tsc.2022.101060

    Genova, C., & Tolonen, T. (2024). Leisure in Space: Adaptation and Challenge Among Youth and Youth Cultures. International Journal of the Sociology of Leisure, 1-10. https://doi.org/10.1007/s41978-024-00174-0

    Gomez-Baya, D., Martin-Barrado, A. D., Grasmeijer, A. J., Martin-Gomez, C., Palacios-Galvez, M. S., & Morales-Marente, E. (2025). The Developmental Assets Model for Positive Youth Development and Social Contribution: A Qualitative Study of Spanish Undergraduates. New Directions for Child and Adolescent Development, 2025(1), 8882255. https://doi.org/10.1155/cad/8882255

    Hanel, P. H., Tunç, H., Bhasin, D., Litzellachner, L. F., & Maio, G. R. (2024). Value fulfillment and well‐being: Clarifying directions over time. Journal of Personality, 92(4), 1037-1049. https://doi.org/10.1111/jopy.12869

    Hu, Z., & Luo, J. M. (2025). Understanding residents' motivation, psychological involvement, and psychological well-being in urban parks. Cities, 157, 105598. https://doi.org/10.1016/j.cities.2024.105598

    Huang, W. J., Chan, J., & Li, M. (2025). “A Room of One’s Own”: Transnational Leisure in Public Spaces—The Case of Migrant Domestic Workers in Hong Kong. Leisure Sciences, 1-22. https://doi.org/10.1080/01490400.2024.2449046

    Iso-Ahola, S. E., & Allen, J. R. (1982). The dynamics of leisure motivation: The effects of outcome on leisure needs. Research Quarterly for Exercise and Sport, 53(2), 141-149. https://doi.org/10.1080/02701367.1982.10605240

    Iwińska, K., Bieliński, J., Calheiros, C. S. C., Koutsouris, A., Kraszewska, M., & Mikusiński, G. (2023). The primary drivers of private-sphere pro-environmental behaviour in five European countries during the Covid-19 pandemic. Journal of cleaner production, 393, 136330. https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2023.136330

    Jin, H. Y., Cho, J., Kim, Y., & Lim, L. (2024). Can Residents Access Leisure Spaces in Our City: Investigating the Leisure Space Distribution in Seoul, South Korea. Leisure Sciences, 1-25. https://doi.org/10.1080/01490400.2024.2305661

    Johnson, A. J., & Glover, T. D. (2013). Understanding urban public space in a leisure context. Leisure Sciences, 35(2), 190-197. https://doi.org/10.1080/01490400.2013.761922

    Klot, S., & Zahn, A. (2025). Youth and Publicness. Architecture, 5(1), 11. https://doi.org/10.3390/architecture5010011

    Kuboshima, Y., & McIntosh, J. (2020). Understanding the Spatial Requirements that Facilitate Personal Leisure Activities of the High-Needs Elderly. Journal of Geriatric Medicine, 2(1), 20-31. https://doi.org/10.30564/jgm.v2i1.2256

    Knuth, A. G., & Antunes, P. D. C. (2021). Práticas corporais/atividades físicas demarcadas como privilégio e não escolha: análise à luz das desigualdades brasileiras. Saúde e sociedade, 30, e200363. https://doi.org/10.1590/s0104-12902021200363

    Kuykendall, L., Boemerman, L., & Zhu, Z. (2018). The importance of leisure for subjective well-being. In: Diener, E., Oishi, S., & Tay, L. (Eds.), Handbook of well-being. Salt Lake City, UT: DEF Publishers.

    Limberger, P. F., Amorim, B., Reinert, P. S., Pereira, T., & Behling, G. (2025). The Effect of Digital Distraction on the Quality of Experience in Restaurants. In: ENTER e-Tourism Conference (pp. 399-409). Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-031-83705-0_33

    Lin, M., Lin, X., & Wang, Y. (2025). How sensory stimuli and barrier-free environments through restorative environmental perception influence visually impaired Individuals’ satisfaction with urban parks. Landscape and Urban Planning, 256, 105293. https://doi.org/10.1016/j.landurbplan.2024.105293

    Liu, H., & Yu, B. (2015). Serious leisure, leisure satisfaction and subjective well-being of Chinese university students. Social Indicators Research, 122, 159-174. https://doi.org/10.1007/s11205-014-0687-6

    Lloyd, K., & Auld, C. (2003). Leisure, public space and quality of life in the urban environment. Urban policy and research, 21(4), 339-356. https://doi.org/10.1080/0811114032000147395

    Maciel, M. G., de Oliveira Martins, J. C., & Uvinha, R. R. (2024). Dialética entre os Estudos do Lazer no Brasil e Protestantismo. Retos: nuevas tendencias en educación física, deporte y recreación, (51), 543-550. https://doi.org/10.47197/retos.v51.100839

    Marcino, L. F., Giacon-Arruda, B. C. C., Teston, E. F., Souza, A. S. D., Marcheti, P. M., Lima, H. D. P., ... & Aratani, N. (2022). Prática de lazer em adolescentes e fatores associados: implicações para o cuidado. Acta Paulista de Enfermagem, 35, eAPE02041. https://doi.org/10.37689/acta-ape/2022ao02041

    Matte, J., Fachinelli, A. C., Toni, D. D., Milan, G. S., & Olea, P. M. (2024). Relationship between leisure involvement, voluntary simplicity, leisure satisfaction, and experiential consumption. Leisure Sciences, 46(4), 512-531. https://doi.org/10.1080/01490400.2021.2001703

    Mazer, V. D. B., Moreira, R. D. S., Lima, K. C. D., Coriolano, M. D. G. W. D. S., & Silva, V. D. L. (2024). Prevalência da participação de pessoas idosas brasileiras em Atividades Avançadas da Vida Diária e fatores associados. Revista Brasileira de Epidemiologia, 27, e240070. https://doi.org/10.1590/1980-549720240070.2

    McQuoid, J. (2017). Finding joy in poor health: The leisure-scapes of chronic illness. Social Science & Medicine, 183, 88-96. https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2017.04.044

    Mello, R. L. D., Lopes, A. A. D. S., & Fermino, R. C. (2022). Exposure to public open spaces and leisure-time physical activity: an analysis of adults in primary health care in Brazil. International Journal of Environmental Research and Public Health, 19(14), 8355. https://doi.org/10.3390/ijerph19148355

    Peters, K. (2010). Being together in urban parks: Connecting public space, leisure, and diversity. Leisure Sciences, 32(5), 418-433. https://doi.org/10.1080/01490400.2010.510987

    Porter, H., Iwasaki, Y., & Shank, J. (2010). Conceptualizing meaning-making through leisure experiences. Loisir et Société/Society and Leisure, 33(2), 167-194. https://doi.org/10.1080/07053436.2010.10707808

    Ravenscroft, N. (1995). Recreational access to the countryside of England and Wales: Popular leisure as the legitimation of private property. Journal of Property Research, 12(1), 63-74. https://doi.org/10.1080/09599919508724129

    Reinert, P. S., Patrício, G. A., Kroenke, A., Zucco, F. D., Bona, R. J., & Busnello, V. E. I. (2022). Motivações para o Trabalho Voluntário e sua Influência no Bem-estar Subjetivo Durante a Pandemia COVID-19. Revista de Negócios, 27(4), 19-35. https://doi.org/10.7867/1980-4431.2022v27n4p19-35

    Reis, C., de Novaes, A. C. C. A., Coirolo, D., Brandão, L., & Reinert, P. S. (2024). Ciclismo recreacional e mobilidade urbana: análise das motivações dos ciclistas de Blumenau/SC. LICERE-Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, 27(1), 45-66. https://doi.org/10.35699/2447-6218.2024.52142

    Richardson, R. J., Peres, J., Wanderley, J., Correia, L., & Peres, M. (2014). Pesquisa social: métodos e técnicas (334 pp.). São Paulo: Editora Atlas, 3rd ed., 909.

    Šikić-Mićanović, L., Zdravković, Ž., & Anić, J. R. (2021). Leisure time: Gender and regional inequalities in Croatia. World leisure journal, 63(4), 355-373. https://doi.org/10.1080/16078055.2021.1879926

    Silva, J. V. P. D. (2022). Programas nacionais de atividades físicas em universidades federais brasileiras e relações com o lazer. Movimento, 28, e28044. https://doi.org/10.22456/1982-8918.122918

    Silva, J. V. P., & Reverdito, R. S. (2023). Ensino Superior e fatores influenciadores à permanência e evasão no Programa Segundo Tempo Universitário. Retos: nuevas tendencias en educación física, deporte y recreación, (49), 105-114. https://doi.org/10.47197/retos.v49.98218

    Stebbins, R. A. (2018). Leisure and the positive psychological states. The Journal of Positive Psychology, 13(1), 8-17.

    Sun, W., Kim, J., Park, J., & Lee, C. (2025). “I Felt Warm, Familiar and Comfortable”: A Case Study of Western Exchange Students Seek Nostalgic Leisure Experiences in South Korea. Leisure Sciences, 1-17. https://doi.org/10.1080/01490400.2025.2454534

    Tiberius, V. (2018). Well-being as value fulfillment: How we can help each other to live well. Oxford University Press, USA. https://doi.org/10.1086/712571

    Topaçoğlu, O., & Uygur, A. (2024). A Conceptual Perspective on Unmanageable Leisure Time. Journal of Tourism Intelligence and Smartness, 7(1), 25-35. https://doi.org/10.58636/jtis.1457409

    Watkins, M. (2008). A Follow‐up Study into Different Ways of Experiencing Leisure. Annals of Leisure Research, 11(1-2), 205-224. https://doi.org/10.1080/11745398.2008.9686793

    Watkins, M., & Bond, C. (2007). Ways of experiencing leisure. Leisure sciences, 29(3), 287-307. https://doi.org/10.1080/01490400701259985

    Zhao, C., Du, M., Yu, Y., Chen, J. H., Wu, A. M. S., Du, D., ... & Zhang, G. (2024). The roles of classmate support, smartphone addiction, and leisure time in the longitudinal relationship between academic pressure and social anxiety among Chinese adolescents in the context of the “double reduction” policy. Children and Youth Services Review, 160, 107542. https://doi.org/10.1016/j.childyouth.2024.107542

    Zucco, F. D., Ardigó, C. M., Patricio, G. A., Reinert, P. S., & Miranda, C. M. S. (2024). Segmentação de Mercado em Festivais Turísticos: Perspectivas de Identidade Social e Cultural. Turismo: Visão e Ação, 26, e19968. https://doi.org/10.14210/tva.v26.19968

Turismo: Visão e Ação

A Turismo: Visão e Ação vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hotelaria - Mestrado e Doutorado, é um periódico científico de publicação no sistema de fluxo contínuo, interdisciplinar e de alcance internacional, classificada, segundo os critérios Qualis/CAPES (2017-2020), como 'A3' na área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo. Registrada no ISSN sob o número 1983-7151, a Turismo: Visão e Ação iniciou suas atividades em 1998 com publicações impressas, nas versões inglês e português. Em 2008, transformou-se em publicação On-Line, com alcance maior do público interessado, mantendo como política de ser um periódico de acesso aberto e sem cobranças de taxas de submissão e acesso aos artigos. A Turismo: Visão e Ação (TVA) possui como título abreviado do periódico Tur., Visão e Ação, usado em bibliografias, notas de rodapé, referências e legendas bibliográficas.

 

Access journal