Um diálogo ideal em sociedades plurais requer o esforço para a garantia de participação dos envolvidos em condições de igualdade. A controvérsia entre Axel Honneth e Nancy Fraser acerca do conceito reconhecimento contribui materialmente para a constituição do “bloco contra-hegemônico” aludido por Fraser. Ao apresentar o modelo de justificação da paridade participativa, sugere a análise de padrões institucionalizados de valoração cultural propondo mudanças na interação social. Por meio do método histórico-analítico e contra-hegemônico de Fraser, propõe-se a análise do fenômeno da destransição de gênero. Hierarquias institucionalizadas de valor cultural afetam as pessoas destrans, que sofrem os efeitos de categorias diferentes de discursos hegemônicos que despolitizam as suas necessidades dada a ausência de uma participação plena em tomadas de decisões.
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Revista académica vinculada aos cursos de Comunicação e ao Programa de Mestrado em Gestão de Políticas Públicas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali).