• Resumo

    EXPLORANDO A RELAÇÃO ENTRE CAPACIDADES DINÂMICAS E O DESEMPENHO DE INOVAÇÃO EM STARTUPS DE BASE TECNOLÓGICA

    Data de publicação: 25/07/2024

    Objetivo: Explorar a relação entre capacidades dinâmicas e o desempenho de inovação em startups de base tecnológica.

    Metodologia: Mensuraram-se os construtos de Capacidade Absortiva, Capacidade Adaptativa, Capacidade Inovativa e Desempenho de Inovação. A coleta de dados foi realizada em 15 startups e, para a análise dos dados, utilizou-se a metodologia de Análise Qualitativa Comparativa (QCA).

    Resultados: Os resultados apontaram que as capacidades dinâmicas desempenham papel relevante no desempenho de inovação das startups de base tecnológica. Diferentes combinações dessas capacidades se associaram a um desempenho de inovação positivo.

    Implicações teóricas: Os resultados desta pesquisa contribuem para o avanço do conhecimento teórico no campo de estudo, fornecendo uma compreensão mais profunda das relações causais e das regularidades presentes no fenômeno investigado.

    Implicações sociais: Espera-se que a análise das capacidades dinâmicas e de seu impacto no desempenho de inovação forneça insights ao desenvolvimento de estratégias de inovação eficazes e ao crescimento sustentável de startups de base tecnológica.

    Originalidade: Embora estudos tenham explorado as capacidades dinâmicas organizacionais em diferentes contextos, ainda existem lacunas teórico-empíricas, quando se trata da compreensão da relação entre capacidades dinâmicas e o desempenho de inovação em startups de base tecnológica. Destarte, este estudo contribui com a literatura ao fornecer uma visão mais individualizada das configurações das capacidades dinâmicas em startups de base tecnológica e a sua relação com o desempenho de inovação. Ademais, utilizou-se a Análise Qualitativa Comparativa (QCA), método que combina abordagens qualitativas e quantitativas para examinar a coerência analítica de um conjunto de casos em relação às condições causais relevantes.

    Limitação e estudos futuros: Uma limitação precisa ser considerada, a saber, a amostra restrita de empresas utilizada no estudo, o que limita a generalização dos resultados, embora a investigação tenha efetivamente convidado um número alto de startups para participarem do estudo. Recomenda-se a realização de estudos futuros para avanço do conhecimento no campo das capacidades dinâmicas em startups de base tecnológica em conexão com outras variáveis, como lucratividade e crescimento, ambiente de negócios, capacidade cooperativa, volume de inovações, internacionalização e liderança estratégica, que fogem do escopo deste estudo.

  • Referências

    Akgun, A. E., Keskin, H., & Byrne, J. (2012). Antecedents and Contingent Effects of Organizational Adaptive Capability on Firm Product Innovativeness: Organizational Adaptive Capability. The Journal of Product Innovation Management, 29, 171-189.

    Alvarenga, M. A., Costa, P. R. da, & Ruas, R. L. (2022). Antecedentes atitudinais de capacidades dinâmicas. Revista Alcance, 29(1), 105-121.

    Arora, A., Athreye, S., & Huang, C. (2016). The paradox of openness revisited: Collaborative innovation and patenting by UK innovators. Research Policy, 45(7), 1352-1361.

    Atuahene-Gima, K. & Ko, A. (2001). An empirical investigation of the effect of market orientation and entrepreneurship orientation alignment on product innovation. Organization Science, 12(1), 54-74.

    Babbie, E. R. (2020). The practice of social research. Boston: Cengage learning.

    Bate, A. F., Wachira, E. W., & Danka, S. (2023). The determinants of innovation performance: an income-based cross-country comparative analysis using the Global Innovation Index (GII). Journal of Innovation and Entrepreneurship, 12(1), 20-27.

    Bell, M. (2012). International technology transfer, innovation capabilities and sustainable directions of development. In D. G. Ockwell & A. Mallett (Orgs.), Low-Carbon Technology Transfer: From Rhetoric to Reality (p. 20-47), Londres: Routledge.

    Biedenbach, T. & Müller, R. (2012). Absorptive, innovative and adaptive capabilities and their impact on project and project portfolio performance. International Journal of Project Management, 30(5), 621-635.

    Bispo, C. M., Gimenez, F. A. P., & Kato, H. T. (2016). Estratégia e capacidades dinâmicas perante o exercício da coopetição: uma abordagem configuracional. Gestão & Planejamento – G&P, 17(1), 19-40.

    Brasil, D. R. (2022). Direito das Startups, Inovação e Empreendedorismo: A Transformação Digital no Contexto de uma Economia Global. Revista Internacional Consinter de Direito, 8(15), 117-134.

    Cantamessa, M., Gatteschi, V., Perboli, G., & Rosano, M. (2018). Startups’ road to failure. Sustainability, 10, 1-19.

    Cassol, A., Marietto, M. L., & Martins, C. B. (2022). Inovação em pequenas e médias empresas: a influência da capacidade absortiva. Ciências da Administração, 24(62), 102-121.

    Castro, M. H. de O. & Lanzara, A. P. (2023). Capacidades estatais e capacidades dinâmicas para o enfrentamento de crises: o sucesso do Vietnã contra a COVID-19. Revista Instituto de Políticas Públicas de Marília, 9, e023002.

    Catela, E. Y. da S. (2022). Distribuição espacial de inovadores shumpeterianos: diversificação e especialização na aglomeração espaço-temporal de startups de base tecnológica em Florianópolis. Revista Brasileira de Inovação, 21, e022020.

    Chesbrough, H. W. (2003). Open innovation: The new imperative for creating and profiting from technology. Boston: Harvard Business Press.

    Cohen, W. M. & Levinthal, D. A. (1990). Absorptive Capacity: A New Perspective on Learning and Innovation. Administrative Science Quarterly, 35, 128-152.

    Couto, M. H. G., Teberga, P. M. F., Castro, A. C. de, & Oliva, F. L. (2019). Capacidades dinâmicas na inovação dos modelos de negócio de startups. Revista Alcance, 26(2), 148-167.

    Cruz, M. A. & Corrêa, V. S. (2018). Capacidade absortiva e laços sociais: um modelo teórico integrado. Revista de Administração de Roraima-RARR, 8(2), 504-525.

    Damanpour, F. (2014). Footnotes to research on management innovation. Organization Studies, 35(9), 1265–1285.

    Damanpour, F. & Schneider, M. (2006). Phases of the adoption of innovation in organizations: effects of environment, organization and top managers. British Journal of Management, 17(3), 215-236.

    Debrulle, J., Maes, J., & Sels, L. (2014). Start-up absorptive capacity: Does the owner’s human and social capital matter? International Small Business Journal, 32(7), 777-801.

    Dodgson, M., Gann, D. M., & Salter, A. (2008). The management of technological innovation: strategy and practice. Oxford: Oxford University Press.

    Donkor, J. et al. (2018). Innovative capability, strategic goals and financial performance of SMEs in Ghana. Asia Pacific Journal of Innovation and Entrepreneurship, 12(2), 238-254.

    Eisenhardt, K. M. & Martin, J. A. (2000). Dynamic capabilities: What are they? Strategic Management Journal, 21(10-11), 1105-1121.

    Fernandes, M. A. P. (2021). Capacidades de ambidestria e comércio eletrónico e a resiliência das empresas: uma abordagem configuracional. Tese de Doutorado. Instituto Superior de Economia e Gestão.

    Garbio, M. & Lin, N. (2019). Artificial intelligence as a growth engine for health care startups: emerging business models. California Business Review, 61(2), 59-83.

    Gonçalves, C. A., Vargas, V. C., & Gonçalves Filho, C. (2019). Startups, inovação aberta e capacidades dinâmica e absortiva: Um estudo bibliométrico. Contribuciones a la Economia, 17(2), 1-17.

    Grilli, L. & Marzano, R. (2023). Bridges over troubled water: Incubators and start-ups’ alliances. Technovation, 121, 102689.

    Hattore, J. R. et al. (2021). Configurações das capacidades dinâmicas em diferentes fases do ciclo de vida organizacional: um estudo multicaso no setor hoteleiro. Dissertação de Mestrado. Unioeste.

    Hausberg, J. P. & Korreck, S. (2020). Business incubators and accelerators: A co-citation analysis-based, systematic literature review. The Journal of Technology Transfer, 45(1), 151-176.

    Huizingh, E. K. R. E. (2011). Open innovation: State of the art and future perspectives. Technovation, 31(1), 2-9.

    Invernizzi, D. C. et al. (2020). Qualitative comparative analysis as a method for project studies: The case of energy infrastructure. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 133, 110314.

    Jansen, J. J. P., Van Den Bosch, F. A. J., & Volberda, H. W. (2006). Exploratory innovation, exploitative innovation, and performance: Effects of organizational antecedents and environmental moderators. Management Science, 52(11), 1661-1674.

    Kaur, V. (2023). Knowledge-based dynamic capabilities: a scientometric analysis of marriage between knowledge management and dynamic capabilities. Journal of Knowledge Management, 27(4), 919-952.

    Kaur, V. & Mehta, V. (2016). Knowledge-based dynamic capabilities: A new perspective for achieving global competitiveness in IT sector. Pacific Business Review International, 1(3), 95-106.

    Kim, L. (1997). The dynamics of Samsung’s technological learning in semiconductors. California Management Review, 39(3), 86-100.

    Laursen, K. & Salter, A. (2006). Open for innovation: the role of openness in explaining innovation performance among U.K. manufacturing firms. Strategic Management Journal, 27(2), 131-150.

    Lichtenthaler, U. (2008). Open innovation in practice: an analysis of strategic approaches to technology transactions. IEEE Transactions on Engineering Management, 55(1), 148-157.

    Marcon, A. & Ribeiro, J. L. D. (2021). How do startups manage external resources in innovation ecosystems? A resource perspective of startups’ lifecycle. Technological Forecasting & Social Change, 171, 1-16.

    Monferrer, D., Blesa, A., & Ripolles, M. (2015). Born globals trough knowledge-based dynamic capabilities and network market orientation. BRQ Business Research Quarterly, 18(1), 18-36.

    Nabarreto, R. L. (2020). Uma revisão bibliométrica sobre ecossistema inovador de startups. Administração de Empresas em Revista, 4(22), 392-419.

    Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE (2010). High-Growth Enterprises: What Governments Can Do to Make a Difference. Disponível em: https://www.oecd.org/publications/high-growth-enterprises-9789264048782-en.htm.

    Park, Y., Pavlou, P. A., & Saraf, N. (2020). Configurations for Achieving Organizational Ambidexterity with Digitization. Information Systems Research, 31(4), 1376-1397.

    Paula, P. P. de, Santos, C. D. dos, & Couto, F. F. (2023). Organizational survival of technology-based enterprises after incubation: a qualitative comparative explanation. Revista Brasileira de Gestão de Negócios – RGBN, 25(4), 498-515.

    Polidoro, F. & Jacobs, C. (2023). Knowledge diffusion in nascent industries: Asymmetries between startups and established firms in spurring inventions by other firms. Strategic Management Journal, 1-39. Disponível em: https://doi.org/10.1002/smj.3568

    Quaiser, R. M. & Srivastava, P. R. (2024). Outbound open innovation effectiveness measurement between big organizations and startups using Fuzzy MCDM. Management Decision, Ahead of print. Disponível em: https://doi.org/10.1108/MD-07-2022-0990

    Ries, E. (2011). The lean startup: How today’s entrepreneurs use continuous innovation to create radically successful businesses. [s.l.] Crown Currency.

    Rihoux, B. & Ragin, C. C. (2008). Configurational comparative methods: Qualitative comparative analysis (QCA) and related techniques. [s.l.] Sage Publications.

    Schumpeter, J. A. (1950). Capitalism, Socialism, and Democracy. New York, Harper.

    Subramanian, A. & Nilakanta, S. (1996). Organizational innovativeness: Exploring the relationship between organizational determinants of innovation, types of innovations, and measures of organizational performance. Omega, 24(6), 631-647.

    Teece, D. J. (2007). Explicating dynamic capabilities: the nature and microfoundations of (sustainable) enterprise performance. Strategic Management Journal, 28(13), 1319-1350.

    Tidd, J. & Bessant, J. R. (2005). Managing innovation: Integrating technological market and organizational change. [s. l.], Wiley.

    Tsai, S. D. & Lan, T. T. (2006). Development of a startup business: A complexity theory perspective. National Sun Yat-Sen University, Kaohsiung, Taiwan.

    Tumerelo, C., Sbragia, R., Borini, F. M., & Franco, E. C. (2018). The role of networks in technological capability: A technology-based companies perspective. Journal of Global Entrepreneurship Research, 8(1), 1-19.

    Tumelero, C., Santos, S. A., & Kuniyoshi, M. S. (2016). Sobrevivência de empresas de base tecnológica pós‐incubadas: Estudo sobre a ação empreendedora na mobilização e uso de recursos. REGE-Revista de Gestão, 23(1), 31-40.

    Utterback, J. M. & Afuah, A. N. (1998). The dynamic ‘diamond’: a technological innovation perspective. Economics of Innovation and New Technology, 6(2-3), 183-200.

    Wang, C. L. & Ahmed, P. K. (2007). Dynamic capabilities: A review and research agenda. International Journal of Management Reviews - IJMR, 9(1), 31-51.

    Wright, N. L., Koning, R., & Khanna, T. (2023). Strategic Management Journal, 44(9), 2195-2225.

    Xu, K. et al. (2023). Estimation of sustainable innovation performance in European Union countries: Based on the perspective of energy and environmental constraints. Energy Reports, 9, 1919-1925.

    Yin, R. K. (2018). Case study research and applications. [s. l.], Sage Publications.

    Yuniarty, Y., Prabowo, H., & Abdinagoro, S. (2021). The role of effectual reasoning in shaping the relationship between managerial-operational capability and innovation performance. Management Science Letters, 11(1), 305-314.

    Zahra, S. A. & George, G. (2002). Absorptive capacity: A review, reconceptualization, and extension. Academy of Management Review, 27(2), 185-203.

Revista Alcance

A Revista Alcance é uma revista brasileira de livre acesso, com publicação quadrimestral, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Administração e Programa de Mestrado Profissional em Administração - Gestão, Internacionalização e Logística da Universidade do Vale do Itajaí – Univali. Procuramos publicar artigos de trabalhos teóricos-empíricos e tecnológicos nas áreas da Administração. Diferentes perspectivas teóricas e metodológicas são bem-vindas, desde que sejam consistentes e relevantes para o desenvolvimento da área. 

Access journal