O MODELO BEHAVIORISTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS: ENTRE A DEPENDÊNCIA E A INDEPENDÊNCIA
Data de publicação: 16/04/2018
Este ensaio levanta um olhar sobre os referentes “história” e “behaviorismo”. Política Pública em regra é tratada como dinâmica de formulação de agendas e operacionalização associada a problemas sociais, jurídicos, de recursos públicos ou expertise gerada por think thanks e daí por diante. Não obstante, a gênese que antecede estes modelos analíticos, e que os justifica como uma ideia de ciência, pouco ou nunca é exaurida. Contudo, são produtos de saberes científicos consumidos por governo e sociedade como sendo dados sempiternos. Mas são construções sociais que emergem geopoliticamente e em condições e situações específicas. Por este motivo um recuo ao movimento behaviorista norte-americano, que proveu e produziu as técnicas, e o ambiente para a emergência das políticas públicas. Perceber como este saber torna-se hegemônico e homogêneo como ciência é basilar para estabelecer um olhar sobre o modelo atual de políticas públicas. Para tanto o ensaio utilizará a metodologia historiográfica da escola dos Annales para historicizar e problematizar a formação das políticas públicas. O objetivo final será tecer até que ponto as políticas públicas como ciência conseguiu independência deste espaço cujas ideias se gestaram. Identificar rupturas e continuidades. Perceber consequências da retórica e teórica behaviorista advindas dessa mescla. É esse debate que o ensaio levanta. No entanto, considera-se ao final que sonegar o tema pode ser uma potência de dependência por desvelar submissões impertinentes que exigem a ilusão da manutenção de hegemonias e homogenias em uma ideia de ciência.