Resumo:Este artigo objetiva caracterizar as ações da Educação Permanente em Saúde (EPS) no Estado de Santa Catarina no contexto da força do trabalho vivo do Sistema Único de Saúde. Estudo com análise quantitativa com os participantes e articuladores das Comissões de Integração Ensino e Serviço Regionais (CIES). No Estado há 16 CIES e elas estão distribuídas por regiões descentralizadas, sendo que cada uma delas está subordinada a uma Comissão de Intergestores Regionais (CIR), conforme determina a Portaria GM/MS1996 de 2003. Participaram da pesquisa as CIES que tiveram ações de EP no período de 2011 a 2013, perfazendo um total de 14 CIES. Todas foram identificadas pela região correspondente (R). Como técnica para a coleta de dados utilizou-se o questionário para a obtenção do perfil das ações de educação permanente e a entrevista para apresentar a articulação do quadrilátero (gestão, ensino, serviço e controle social) na condução da Política de Educação Permanente em Saúde em Santa Catarina. Os resultados indicam que as regiões R7, R9 e R2 apresentaram o maior número de ações realizadas no período (47,6%); em relação à carga horária das ações R7, R9 e R5 se sobressaem (88,7%); R2, R3 e R7 foram as regiões de maior expressão quanto ao quantitativo de participantes (61%); R7, assim, destaca-se como uma região expressiva no número de ações, carga horária e quantitativo de participantes; as ações de EPS foram direcionadas para o serviço (47,6%), gestão (32,1%), ensino (16,7%) e controle social (03,6%); a categoria profissional que mais esteve presente foi enfermeiro (13%), seguida pelo odontólogo (10,8%). Muito se tem que avançar, contudo se pode deduzir que o Estado de Santa Catarina está cumprindo o seu papel quando realiza a articulação dessa política por meio da CIES Estadual e quando estimula a autonomia das CIES Regionais na condução da sua operacionalidade. Somos um eterno aprendiz deste SUS que não para de crescer e de se consolidar como a maior proteção social que um cidadão pode almejar.
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A Revista Brasileira de Tecnologias Sociais tem por objetivo disseminar o conhecimento científico por meio de uma publicação semestral, que se caracteriza pelo teor multitemático e interdisciplinar voltado, preferencialmente, à divulgação de trabalhos desenvolvidos pelos Mestrados Profissionais do país, em forma de produtos ou processos que possam ser caracterizados como Tecnologias Sociais. Atualmente os editores são os professores Carlos Roberto Praxedes dos Santos (Gestão de Políticas Públicas) e Graziela Liebel (Saúde e Gestão do Trabalho).