Este artigo descreve as discussões em uma escola estadual do sul do Brasil acerca da promoção da saúde de professores, alunos e comunidade. Os debates fizeram parte de uma das etapas de pesquisa realizada em 2013 sobre “Promoção e Educação da Saúde em Âmbito Escolar” de natureza exploratório-descritiva com abordagem qualitativa. A pesquisa em questão teve como um dos objetivos de fechamento propor a elaboração de um instrumento metodológico que pudesse trabalhar com a promoção da saúde na escola. O universo da investigação foi uma escola de ensino fundamental com 40 docentes, mas a discussão final geradora de uma tecnologia social que pudesse ser o instrumento de promoção da saúde na escola contou com apenas seis (06) docentes. A coleta de dados foi realizada por meio da técnica de grupo focal e entrevista semiestruturada e os dados foram submetidos à análise interpretativa dialogada entre pesquisadores e informantes. Ao final, os resultados sugerem que as ações em saúde no contexto escolar podem partir da experiência pessoal, familiar e comunitária dos docentes, considerando o saber – fazer de cada um deles associado ao saber – fazer acadêmico. Para tanto, entendeu-se que uma releitura do Círculo da Cultura de Freire adaptada às questões de saúde e às problemáticas direcionadas aos discentes, aos familiares e à comunidade pode gerar a médio e longo prazo uma tecnologia social adotada pelos docentes para a promoção da saúde escolar. A denominação “Círculo de Promoção da Saúde na Escola” (CIRPROSAE) sugere a participação de toda a comunidade acadêmica em um diálogo que permita a Promoção da Saúde segundo as premissas de Freire: autonomia, não opressão e esperança para uma vida de qualidade.