Introdução: a educação permanente em saúde (EPS) é o processo de qualificação profissional para atuação na assistência à saúde, previsto na Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, a ser desenvolvido em consonância com o que foi preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) quanto à sua diretriz de integralidade. Objetivo: analisar a contribuição da educação permanente na efetividade da intersetorialidade no SUS. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa, fundamentada em seis etapas: identificação do tema e questão de pesquisa; estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos; categorização dos estudos; avaliação dos estudos incluídos na revisão; interpretação dos resultados e; apresentação da síntese do conhecimento. Resultados e Discussão: foram selecionados 16 artigos que atenderam às especificações de análise, posteriormente organizados em três temáticas de discussão: a mudança no processo de trabalho, empoderamento da gestão e educação permanente como indutora da qualificação profissional. Considerações finais: notou-se a relevância das ações de EPS para a promoção da intersetorialidade no SUS através dos encontros entre profissionais de diversas esferas da atenção à saúde ou da gestão setorial, da integração entre o conhecimento e a vivência dos participantes das ações, culminando na organização integralizada do sistema de saúde.
BERNARDI, Adriana Pigatto et al. Intersetorialidade – um desafio de gestão em Saúde Pública. Saúde & Transformação Social, Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 137-142, jun. 2010. Disponível em: http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/saudeetransformacao/article/view/408/463. Acesso em: 19 maio 2020
BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF: 1990.Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em: 15 maio 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria Nº 198 de 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF: 2004. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/1832.pdf. Acesso em: 23 nov. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 1.996, de 20 de agosto de 2007: Dispõe sobre as diretrizes para a implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Diário Oficial da União. Brasília, DF: 2007. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt1996_20_08_2007.html. Acesso em: 13 maio 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: o que se tem produzido para o seu fortalecimento? Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 78 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_permanente_saude_fortalecimento.pdf. Acesso em: 15 maio 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: Série B. Textos Básicos de Saúde Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 63 p. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33856/396770/Pol%C3%ADtica+Nacional+de+Educa%C3%A7%C3%A3o+Permanente+em+Sa%C3%BAde/c92db117-e170-45e7-9984-8a7cdb111faa. Acesso em: 15 maio 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Política Nacional de Educação Popular em Saúde PNEP-SUS: Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 24 p. Disponível em: http://www.cosemsrn.org.br/wp-content/uploads/2016/06/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Educa%C3%A7%C3%A3o-Popular-em-Sa%C3%BAde-PNEP-SUS-Bras%C3%ADlia-%C2%96-DF-20132.pdf. Acesso em: 18 maio 2020.
CECCIM, Ricardo Burg; FERLA, Alcindo Antônio. Educação permanente em saúde. Dicionário da Educação Profissional em Saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2009. Disponível em: http://www.sites.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/edupersau.html. Acesso em: 18 maio 2020
FERRAZ, Lucimare; VENDRUSCOLO, Carine; MARMETT, Sara. Educação permanente na enfermagem: uma revisão integrativa. Revista Baiana de Enfermagem, Salvador, v. 2, n. 28, p. 196-207, ago. 2014. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/enfermagem/article/download/8366/8871. Acesso em: 19 maio 2020.
MENDES, Karina Dal Sasso; SILVEIRA, Renata Cristina de Campos Pereira; GALVÃO, Cristina Maria. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto contexto - enferm. [Internet]. 2008 Dez; 17 (4): 758-764. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072008000400018&lng=en. Acesso em: 19 maio 2020.
MICCAS, Fernanda Luppino; BATISTA, Sylvia Helena Souza da Silva. Educação permanente em saúde: metassíntese. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 48, n. 1, pág. 170-185, Fev. 2014. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102014000100170&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 06 nov. 2020.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Qualificação Profissional. Disponível em: https://www.saude.gov.br/trabalho-educacao-e-qualificacao/gestao-da-educacao/qualificacao-profissional#:~:text=A%20qualifica%C3%A7%C3%A3o%20profissional%20envolve%20um,na%20assist%C3%AAncia%20e%20na%20gest%C3%A3o. Acesso em: 15 set 2020.
MOREIRA, Kênia Souto et al. Educação permanente e qualificação profissional para atenção básica. Saúde e Pesquisa, v. 10, n. 1, p. 101-109, 2017. Disponível em: https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/5682/3010. Acesso em: 06 nov. 2020.
OLIVEIRA, Mariana Policena Rosa et al. Formação e qualificação de profissionais de saúde: fatores associados à qualidade da atenção primária. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 40, n. 4, p. 547-559, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbem/v40n4/1981-5271-rbem-40-4-0547.pdf. Acesso em: 06 nov. 2020.
SANTOS, Debora de Souza; MISHIMA, Silvana Martins; MERHY, Emerson Elias. Processo de trabalho na Estratégia de Saúde da Família: potencialidades da subjetividade do cuidado para reconfiguração do modelo de atenção. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 861-870, 2018.
WARSCHAUER, Marcos; CARVALHO, Yara Maria. O conceito “Intersetorialidade”: contribuições ao debate a partir do programa lazer e saúde da prefeitura de santo andré/sp. : contribuições ao debate a partir do Programa Lazer e Saúde da Prefeitura de Santo André/SP. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 23, n. 1, p. 191-203, mar. 2014. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/sausoc/2014.v23n1/191-203/pt. Acesso em: 19 maio 2020.
WENDHAUSEN, Águeda; BARBOSA, Tatiane Muniz; BORBA, Maria Clara. Empoderamento e recursos para a participação em conselhos gestores. Saúde e Sociedade, v. 15, p. 131-144, 2006. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/sausoc/2006.v15n3/131-144/. Acesso em: 06 nov. 2020.
La Revista Brasileña de Tecnologías Sociales es una publicación Qualis B1, según la clasificación Qualis Periódicos CAPES 2017-2020.
La Revista Brasileña de Tecnologías Sociales tiene como objetivo difundir el conocimiento científico a través de una publicación bianual, que se caracteriza por contenidos multitemáticos e interdisciplinarios dirigidos, preferentemente, a la difusión del trabajo desarrollado por las Maestrías Profesionales del país, en forma de productos o procesos que pueden caracterizarse como Tecnologías Sociales. Actualmente los editores son los profesores Carlos Roberto Praxedes dos Santos (Gestión de Políticas Públicas) y Graziela Liebel (Gestión de Salud y Trabajo).