A escola como instituição responsável pela inserção das crianças na sociedade, desde sua constituição, mostrou-se excludente. Por meio de símbolos, hábitos e discursos, instaura modelos e hierarquiza sujeitos, muitas vezes, utilizando-se das práticas corporais. Este artigo objetivou refletir as possibilidades práticas dos estudos interculturais como referencial teórico para aulas de Educação Física que se pretendem afirmadoras das diferenças identitárias e de práticas corporais não excludentes. Canen (2000, 2002, 2007), Candau (2008), Louro (2008), Sctrazzacaappa (2001) e Csordas (2008) constituíram-se aportes teóricos. Ratificou-se que a abrangência semântica abarcada pelo conceito de corpo desafia pesquisadores mas, também, pode constituir-se em uma possível estratégia subversora de um estereótipo estético etnocentricamente determinado e que categorias como a crítica cultural, a hibridização e a ancoragem social dos conteúdos mostraram-se aportes teóricos potentes aos professores que se pretendem mediadores de aulas de Educação Física não excludentes.
A CONTRAPONTOS é uma publicação reconhecida pela área da Educação, seriada, arbitrada e dirigida prioritariamente a uma comunidade acadêmico-científica. Vem circulando nacionalmente desde 2001.