• Resumo

    O colonialismo algorítmico e a singularidade do vivo como espaço de resistência

    Data de publicação: 09/12/2025

    O texto critica o colapso da modernidade ocidental, que se fundou no dispositivo antropocêntrico, um modo colonial e extrativista que colocou o "Homem" (especificamente o branco, burguês e ocidental) como amo da natureza. Esta crise se manifesta na extinção de espécies e na emergência da complexidade, onde processos autônomos da natureza e a própria tecnologia resistem à redução pela vontade humana. Na era da tecnologia digital, a terceira revolução antropológica, a crítica foca na colonização algorítmica. Esta eleva a lógica digital a uma metafísica que ameaça a singularidade do vivo. O vivo, diferentemente da máquina modular e infinita, é totalizante, opera por limites e sua essência não é primariamente informacional. O pensamento humano é visto como uma participação em uma combinatória coletiva e cultural, e não um mero software. Urge defender essa alteridade orgânica e cultural que o código unidimensional não consegue capturar.

Revista Contrapontos

A CONTRAPONTOS é uma publicação reconhecida pela área da Educação, seriada, arbitrada e dirigida prioritariamente a uma comunidade acadêmico-científica. Vem circulando nacionalmente desde 2001.

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