CURRÍCULO, A CONSTRUÇÃO DAS IDENTIDADES DE GÊNERO E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Data de publicação: 08/08/2013
O artigo objetiva refletir sobre o currículo, articulando-o com a produção das identidades de gênero na educação básica e a formação de professores. Com base nos estudos de currículo e gênero, desenvolveram-se (des)encontros com professoras da educação básica por meio de entrevistas semiestruturadas. Esses (des)encontros mostraram que as professoras seguem uma concepção tradicional de currículo que se relaciona com a sua dificuldade de incluir a discussão sobre a construção das identidades de gênero no espaço escolar. Observamos que as reflexões das professoras estão pautadas na heteronormatividade. Isso se explica porque as professoras (assim como todos os sujeitos) não são sujeitos “em si”, mas o resultado dos discursos que se dobraram e se dobram nos seus corpos, produzindo formas específicas de falar/silenciar sobre as identidades de gênero. Para subverter a heteronormatividade, apontamos o espaço/tempo da formação de professores (inicial e continuada) como um dos contextos significativos para o entendimento de que as identidades de gênero são construídas histórica e culturalmente pelas relações sociais de poder, portanto, podem ser ressignificadas.