• Resumo

    SOB A CÚPULA DAS CONSTELAÇÕES: A TEORIA ATOR-REDE E O ENSINO DE ASTRONOMIA NO PLANETÁRIO

    Data de publicação: 30/09/2016

    A abrangência e a magnitude dos conteúdos de astronomia despertam a curiosidade de crianças e de adultos, contribuem para a produção de conhecimentos e podem estimular o desenvolvimento de práticas docentes interdisciplinares. Nesse contexto, os Planetários oferecem possibilidades diferenciadas para os processos de ensino e de aprendizagem da astronomia. O objetivo desse artigo é analisar como os professores dos anos iniciais do ensino fundamental percebem o Planetário nos processos educativos. Para isto utilizamos o quadro teórico e metodológico da Teoria Ator-Rede (TAR) proposto por Bruno Latour (2012), especialmente a partir do conceito de actante, que pode ser um agente humano ou não humano. Os actantes podem assumir dois papéis distintos: de mediador, quando suas ações/associações na rede promovem mudanças; ou o de intermediário, quando o agente apenas transmite/reproduz as ações/associações existentes sem modificar as redes e os outros actantes. Assim, nos interessa responder à seguinte perguntanorteadora: em quais situações os professores concebem o Planetário como mediador dos processos de ensino e aprendizagem de astronomia ou como intermediário destes processos? Inicialmente, com o intuito de aproximação à temática, realizamos uma análise dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) sobre o ensino de astronomia. A seguir, examinamos 97 questionários dos professores dos diferentes níveis de ensino que frequentaram o Planetário com suas turmas durante o ano de 2014. Os resultados indicam que os professores dos anos iniciais, ao agirem de forma planejada e intencional no ensino de conteúdos de astronomia, percebem o Planetário como mediador, segundo a Teoria Ator-Rede, uma vez que, nestas situações, o Planetário - um dispositivo não humano – influencia, modifica e organiza as ações de ensino e aprendizagem de astronomia.

Revista Contrapontos

A CONTRAPONTOS é uma publicação reconhecida pela área da Educação, seriada, arbitrada e dirigida prioritariamente a uma comunidade acadêmico-científica. Vem circulando nacionalmente desde 2001.

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