Educação a Distância: uma teoria de estudo independente
Ao longo da década de 90, a educação a distância, no Brasil, tem sido alvo das
mais variadas discussões, sobretudo no que diz respeito à sua inserção no modelo
educacional do país. Notadamente, essas discussões têm buscado abrigo nos
mais diversos segmentos, principalmente nas áreas educacional e comercial.
Neste sentido, tem-se observado uma grande torcida que, dependendo da direção
do vento, agitam suas bandeiras em nome das palavras oportunidade,
recomendável/não-recomendável, aprovação/desaprovação, desconfiança,
incerteza, entre outras. A partir deste cenário, cuja feição tem recomendado
muita cautela e pouca ação, principalmente pela falta de uma política
governamental para formação de capital humano no país, é que um grande
número de educadores e instituições de ensino vêm promovendo a educação a
distância no Brasil, valendo-se de métodos e técnicas que são, na sua grande
maioria, questionáveis no modelo sócio-econômico-cultural do país. Por
acreditarmos nessa modalidade de ensino, e também por pensarmos que já se faz
necessário ampliar a discussão sobre teorias científicas em educação a distância,
é que apresentamos este artigo, cuja abordagem está centrada na Teoria de Estudo
Independente, formulada por Charles Wedemeyer e Michael Moore. A teoria
relatada neste trabalho abriga fundamentações no processo ensino-aprendizagem;
logo, poderá ser muito útil como ferramenta conceitual para auxiliar os
educadores envolvidos com o ensino a distância tradicional ou tecnológica.
Isso possibilitará a busca de critérios para que decisões possam ser tomadas com
confiança. Servirá, também, como uma fonte de reflexão para as instituições
educacionais que estão atuando ou venham a oferecer a modalidade de educação
a distância.