• Resumo

    Dimensões subjacentes de experiências turísticas em destinos de sol e praia a partir de memórias de viagens em comunidades virtuais: o caso de turistas argentinos que visitaram o destino Natal, RN (Brasil)

    Data de publicação: 01/09/2023

    O objetivo do estudo é entender como se caracterizam as dimensões latentes que compõem as experiências turísticas no consumo de viagens de lazer a destinos de sol e praia desde os significados e sentidos de seu tecido multidimensional. Foram utilizadas técnicas de observação e análise de conteúdo com um enfoque small/thick data para a interpretação dos modos nos quais as experiências turísticas se manifestam a partir de rastros digitais nos relatos reconstruídos por turistas que visitaram o destino Natal-RN (Brasil) em resenhas de viagens de comunidades virtuais. O estudo empírico consistiu em duas etapas: 1) a validação de categorias teóricas, e 2) sua posterior codificação temática, a partir da análise de 1.450 unidades, considerando quatro aspectos derivados das fases da viagem turística (deslocamento; acomodação; alimentação e atividades no destino). Inicialmente se observa uma predominância do elemento funcional-utilitário, associável à qualidade e, com menor presença, à acessibilidade percebidas. Porém, identificaram-se e analisaram-se regularidades empíricas que demonstram um resgate do significativo a partir das seguintes dimensões subjacentes também presentes: estética; físico-sensorial; sociocultural; entretenimento; segurança percebida; experiência inédita; hospitalidade percebida; educação; escapismo; e uma dimensão emocional transversal.

     

  • Referências

    Aroeira, T., Dantas, A. C., & Gosling, M. D. S. (2016). Experiência turística memorável, percepção cognitiva, reputação e lealdade ao destino: Um modelo empírico. Turismo: Visão e Ação, 18(3), 584-610.

    Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.

    Bolzán, R. & Mendes-Filho, L. (2021). Co-creación de valor online entre consumidores en turismo: Un estudio en comunidades de Facebook. Turismo y Sociedad, 28, 133-149.

    Bolzán, R. & Mendes Filho, L. (2022). Construcción de conocimiento sobre la exeriencia turística: una revisión sistematizada de la literatura a partir del método proknow-c. Turismo: Visão e Ação 24(3), 430-448.

    Camargo, L. O. L. (2015). Os interstícios da hospitalidade. Revista Hospitalidade, 12, 42-69.

    Chandralal, L., Rindfleish, J. & Valenzuela, F. (2015). An application of travel blog narratives to explore memorable tourism experiences. Asia Pacific Journal of Tourism Research, 20(6), 680-693.

    Cooper, C., Hall, C. M. & Trigo, L. G. G. (2011). Turismo Contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier.

    Cui, Q., Liao, X. & Xu, H. (2017). Tourist experience of nature in contemporary China: A cultural divergence approach. Journal of Tourism and Cultural Change, 15(3), 248-264.

    Cutler, S. Q. & Carmichael, B. A. (2010). The dimensions of the tourist experience. En M. Morgan, P. Lugosi & J. R. B. Ritchie (eds.), The Tourism and Leisure Experience: Consumer and Managerial Perspectives (p. 3-26). Channel View Publications.

    EMBRATUR (2017). Perfil de Mercado Argentina. Recuperado en 03 noviembre, 2018, de http://www.embratur.gov.br/piembratur-new/opencms/galerias/Downloads/Perfil-de-Mercado-Argentina.pdf.

    FECOMÉRCIO RN (2016). Relatório. Percepção dos Argentinos sobre o Rio Grande do Norte. Recuperado en 29 noviembre, 2019, de http://tradeturisticorn.fecomerciorn.com.br/index.php/estudosepesquisas/

    FECOMÉRCIO RN (2019). Pesquisas de Mercado. Recuperado en 29 noviembre, 2019, de http://tradeturisticorn.fecomerciorn.com.br/index.php/estudosepesquisas/

    Gallagher, S. E. & Savage, T. (2013). Cross-cultural analysis in online community research: A literature review. Computers in Human Behavior, 29(3), 1028-1038.

    Gondim, C. B., Bolzán, R. E., Espínola, R. S., & de Oliveira Alexandre, M. L. (2020). Netnografia como método de pesquisa em turismo: análise de estudos de pós-graduação no Brasil. Revista Turismo em Análise, 31(1), 19-36.

    Instituto Brasileño de Geografía y Estadística. (s.f.). Natal, RN. Recuperado el 8 de mayo de 2023, de https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rn/natal

    Jafari, J. (1987). Tourism models: The sociocultural aspects. Tourism Management, 8(2), 151-159.

    Kim, J. H. (2010). Determining the factors affecting the memorable nature of travel experiences. Journal of Travel & Tourism Marketing, 27(8), 780-796.

    Kim, J. H., Ritchie, J. R. B. & McCormick, B. (2012). Development of a scale to measure memorable tourism experiences. Journal of Travel Research, 51(1), 12-25.

    Knobloch, U., Robertson, K. & Aitken, R. (2017). Experience, emotion, and eudaimonia: A consideration of tourist experiences and well-being. Journal of Travel Research, 56(5), 651-662.

    Knutson, B., Beck, J., Kim, S. & Cha, J. (2007) Identifying the dimensions of the experience construct. Journal of Hospitality & Leisure Marketing, 15(3), 31-47.

    Korstanje, M. E. (2012). ¿Qué es el turismo?: Sociedad y sistema onírico. Turydes, Revista de Investigacion en Turismo y Desarrollo Local, 5(12).

    Kozinets, R. V. (2020). E-Tourism research, cultural understanding, and netnography. En Z. Xiang et al. (eds.), Handbook of e-Tourism, 1-16. Springer Nature Switzerland.

    Latzko-Toth, G., Bonneau, C. & Millette, M. (2017). Small data, thick data: Thickening strategies for traced-based social media research. En L. Sloan & A. Quan-Haase (eds.), The SAGE Handbook of Social Media Research Methods. Sage.

    Lévy, P. (1999). Cibercultura. São Paulo: Editora 34.

    Lindberg, F., Hansen, A. H. & Eide, D. (2014). A multirelational approach for understanding consumer experiences within Tourism. Journal of Hospitality Marketing & Management, 23(5), 487-512.

    Lu, W., & Stepchenkova, S. (2015). User-generated content as a research mode in tourism and hospitality applications: Topics, methods, and software. Journal of Hospitality Marketing & Management, 24(2), 119-154.

    Mendes-Filho, L., Mills, A. M., Tan, F. B. & Milne, S. (2018). Empowering the traveler: An examination of the impact of user-generated content on travel planning. Journal of Travel & Tourism Marketing, 35(4), 425-436.

    Ministério do Turismo (2019). Internacional - Dados e fatos. Recuperado en 22 noviembre, 2019, de http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/2016-02-04-11-54-03/demandatur%C3%ADstica-internacional.html

    Mkono, M. & Tribe, J. (2016). Beyond reviewing: Uncovering the multiple roles of tourism social media users. Journal of Travel Research, 56(3), 287-298.

    Oh, H., Fiore, A. M. & Jeoung, M. (2007). Measuring experience economy concepts: Tourism applications. Journal of Travel Research, 46(2), 119-132.

    Pezzi, E. & Vianna, S. L. G. (2015). A experiência turística e o turismo de experiência: Um estudo sobre as dimensões da experiência memorável. Revista Turismo em Análise, 26(1), 165-187.

    Pine II, B. J. & Gilmore, J. H. (1999). The Experience Economy: Work is Theatre and every Business a Stage. Cambridge: Harvard Business School Press.

    Pinto, R. & Kastenholz, E. (2017). Measuring tourist experience at a destination. Revista Turismo & Desenvolvimento, 27-28, 89-92.

    Prayag, G., Hosany, S., Muskat, B. & Del Chiappa, G. (2015). Understanding the relationships between tourists’ emotional experiences, perceived overall image, satisfaction, and intention to recommend. Journal of Travel Research, 56(1), 41-54.

    Ryan, C. (2010). Ways of conceptualizing the tourist experience. A review of literature. Tourism Recreation Research, 35(1), 37-46.

    Santana, A. (2009). Antropologia do Turismo: Analogias, Encontros e Relações. São Paulo: Aleph.

    Santos, J. T., Pinto, P. S. L. G. D. & Guerreiro, M. (2016). O contributo da experiência gastronômica para o enriquecimento da experiência turística. Perspectivas de um estudo no Algarve, Portugal. Turismo: Visão e Ação, 18(3), 498-527.

    Schmitt, B. (1999). Experiential Marketing: How to Get Customer to Sense, Feel, Think, Act, and Relate to your Company and Brands. New York: The Free Press.

    Silva, F. F., Bezerra, L. T. & Nóbrega, W. R. D. M. (2019). Imagem e imaginário como componentes da construção da experiência turística do viajante. Caderno Virtual de Turismo, 19(2).

    Sthapit, E. & Coudounaris, D. N. (2018). Memorable tourism experiences: Antecedents and outcomes. Scandinavian Journal of Hospitality and Tourism, 18(1), 72-94.

    Tung, V. W. S. & Ritchie, J. B. (2011). Exploring the essence of memorable tourism experiences. Annals of Tourism Research, 38(4), 1367–1386.

    Turner, V. W. & Bruner, E. M. (eds.) (1986). The Anthropology of Experience. Chicago: University of Illinois Press.

    Urry, J. (1990). The Tourist Gaze: Leisure and Travel in Contemporary Societies. London: SAGE Publications.

Turismo: Visão e Ação

A Turismo: Visão e Ação vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hotelaria - Mestrado e Doutorado, é um periódico científico de publicação no sistema de fluxo contínuo, interdisciplinar e de alcance internacional, classificada, segundo os critérios Qualis/CAPES (2017-2020), como 'A3' na área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo. Registrada no ISSN sob o número 1983-7151, a Turismo: Visão e Ação iniciou suas atividades em 1998 com publicações impressas, nas versões inglês e português. Em 2008, transformou-se em publicação On-Line, com alcance maior do público interessado, mantendo como política de ser um periódico de acesso aberto e sem cobranças de taxas de submissão e acesso aos artigos. A Turismo: Visão e Ação (TVA) possui como título abreviado do periódico Tur., Visão e Ação, usado em bibliografias, notas de rodapé, referências e legendas bibliográficas.

 

Access journal