• Resumo

    Cluster do turismo: estudo de caso do destino Porto de Galinhas-PE

    Data de publicação: 08/01/2024

    Esta investigação visa identificar as características do cluster do turismo de Porto de Galinhas-PE (BR). Para atingir o propósito do estudo, foram considerados os seguintes aprofundamentos teóricos: identificação das características do cluster do turismo; e, análise do modo que as características do cluster impulsionam o destino turístico. Cabe evidenciar que a localidade apresenta o principal cluster turístico de destino Sol e Mar do estado de Pernambuco. Para viabilizar a investigação, foi adotado o estudo de caso no âmbito da pesquisa qualitativa. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados o roteiro de entrevista para acessar 17 interlocutores de empresas, instituições governamentais e associações locais. Nos dados secundários, obteve-se 54 matérias de jornais e revistas. Os resultados mostram que o impacto do cluster de turismo é relevante para a região, tanto do ponto de vista econômico quanto social. A pesquisa também expressa o desafio conceitual devido à existência da diversidade geográfica e variedade de contextos setoriais do cluster. As contribuições teóricas identificam as características endógenas da região, esclarece que para fazer parte do cluster não é necessário que as empresas estejam sediadas no destino, há empresas atuantes do cluster sediadas em: Washington, D.C. (EUA), São Paulo -SP (BR) e Rio de Janeiro- RJ (BR). Houve a constatação de uma nova subcategoria, experiências turísticas memoráveis, que impulsiona a atratividade do destino. Por fim, pode-se evidenciar que neste estudo as características do cluster do turismo potencializam aspectos genuínos inerentes à região e fortalece o desempenho organizacional e local do destino.

  • Referências

    Ahmed, F. U., & Brennan, L. (2021). A review of methodological diversity within the domain of international entrepreneurship. Journal of International Entrepreneurship, 19, 256-299.

    Audretsch, D. B., Lehmann, E. E., & Schenkenhofer, J. (2021). A context-choice model of niche entrepreneurship. Entrepreneurship Theory and Practice, 45(5), 1276-1303.

    BARDIN, L (2016). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

    Pelinca Braga, N., Rodrigues Lima, J. P., & Gatto, M. F. (2013). Role of the tourism cluster of Porto de Galinhas in the local development. Journal of technology management & innovation, 8, 38-38.

    Ministério do turismo (2020). Dados sobre chegada de turistas estrangeiros ao Brasil. http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/fontes-de-dados.html

    Ministério do turismo (2021). Mapa brasileiro do turismo. http://www.mapa.turismo.gov.br/mapa/init.html#/home

    Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (2021). Plano de ação 2021. https://embratur.com.br/wp-content/uploads/2021/05/Plano-de-Ac%CC%A7a%CC%83o-2021.pdf

    Buccieri, D., Javalgi, R. G., & Jancenelle, V. E. (2021). Dynamic capabilities and performance of emerging market international new ventures: Does international entrepreneurial culture matter? International Small Business Journal, 39(5), 474-499.

    Cadastro de Prestador de serviços do turismo (2021). Quantidade de meios de hospedagem do Brasil. Brasília, 2021. https://dados.turismo.gov.br/dataset/?q=restaurantes&sort=score+desc%2C+metadata_modified+desc

    Carson, D. A., Carson, D. B., & Eimermann, M. (2018). International winter tourism entrepreneurs in northern Sweden: understanding migration, lifestyle, and business motivations. Scandinavian Journal of Hospitality and Tourism, 18(2), 183-198.

    Cook, G., & Pandit, N. (2012). Chapter 5 Clustering and the Internationalisation of High Technology Small Firms in Film and Television. In New Technology-Based Firms in the New Millennium (pp. 49-70). Emerald Group Publishing Limited.

    CRESWELL, J (2014). Investigação qualitativa e projeto de pesquisa: escolhendo entre cinco abordagens. Porto Alegre: Penso Editora.

    Crick, J. M., & Crick, D. (2022). Coopetition and international entrepreneurship: the influence of a competitor orientation. International Journal of Entrepreneurial Behavior & Research, 28(3), 801-828.

    Cunha, S. K. D., & Cunha, J. C. D. (2005). Competitividade e sustentabilidade de um cluster de turismo: uma proposta de modelo sistêmico de medida do impacto do turismo no desenvolvimento local. Revista de administração contemporânea, 9, 63-79.

    dos Reis, C. C. S., Souza, R. C. A., & Souza, C. C. (2019). Aplicabilidade da Análise de conteúdo em pesquisas na área do turismo: um olhar sobre a Ilha de Itaparica (BA). RITUR-Revista Iberoamericana de Turismo, 9(2), 41-53.

    Eisenhardt, K. M. (1989). Building theories from case study research. Academy of management review, 14(4), 532-550.

    Eisenhardt, K. M., & Graebner, M. E. (2007). Theory building from cases: Opportunities and challenges. Academy of management journal, 50(1), 25-32.

    Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (2019). Relatório integrado de gestão EMPETUR 2019. https://www.lai.pe.gov.br/.

    Felzensztein, C., Deans, K. R., & Dana, L. P. (2019). Small firms in regional clusters: Local networks and internationalization in the Southern Hemisphere. Journal of Small Business Management, 57(2), 496-516.

    Fernhaber, S. A., Gilbert, B. A., & McDougall, P. P. (2008). International entrepreneurship and geographic location: an empirical examination of new venture internationalization. Journal of International Business Studies, 39, 267-290.

    da Silva Flores, L. C., & da Costa Mendes, J. (2014). Perspective of tourist destination: rethinking the meaning of the concept. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 8(2).

    Godoy, A. S. (1995). Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de empresas, 35, 20-29.

    Godoy, A. S. (2005). Refletindo sobre critérios de qualidade da pesquisa qualitativa. Gestão. org, 3(2), 80-89.

    Goerzen, A. (2018). Small firm boundary-spanning via bridging ties: Achieving international connectivity via cross-border inter-cluster alliances. Journal of International Management, 24(2), 153-164.

    Gomez-Vega, M., Herrero-Prieto, L. C., & López, M. V. (2022). Clustering and country destination performance at a global scale: Determining factors of tourism competitiveness. Tourism Economics, 28(6), 1605-1625.

    Gorbunov, A. P., Kolyadin, A. P., Burnyasheva, L. A., Gazgireeva, L. K., & Kosenko, O. Y. (2018). Tourist and recreational clusters as organizational and economic mechanism of control of formation and development of innovative capacity of the North Caucasus Federal District. Amazonia Investiga, 7(17), 60-71.

    Gosling, M. D., Silva, J. A., Mendes, J., de Freitas Coelho, M., & de Carvalho, I. B. (2016). Experiência turística em museus: percepções de gestores e visitantes. Tourism and Management Studies.

    Gosling, M. D., Silva, J. A., Mendes, J., de Freitas Coelho, M., & de Carvalho, I. B. (2016). Experiência turística em museus: percepções de gestores e visitantes. Tourism and Management Studies.

    Hashemi, S. S., Amoozad Mahdiraji, H., Azari, M., & Razavi Hajiagha, S. H. (2022). Causal modelling of failure fears for international entrepreneurs in tourism industry: a hybrid Delphi-DEMATEL based approach. International Journal of Entrepreneurial Behavior & Research, 28(3), 602-627.

    Honggang, X., & Shaoyin, M. (2014). Regional environment of destination and the entrepreneurship of small tourism businesses: A case study of Dali and Lijiang of Yunnan province. Asia Pacific Journal of Tourism Research, 19(2), 144-161.

    Jankowiak, A. H. (2021). Place of Clusters and Cluster Policy in the Economic Policy in Germany and Poland. Journal of Eastern Europe Research in Business and Economics. Series of Economics and Management Issues, (2021).

    Kogut, C. S., Fonseca, L. N. M. D., & Silva, J. F. D. (2022). Entrepreneurial environment attractiveness: a cross-country longitudinal cluster analysis. Competitiveness Review: An International Business Journal, 32(4), 546-564.

    Koľveková, G., Liptáková, E., Štrba, Ľ., Kršák, B., Sidor, C., Cehlár, M., ... & Behún, M. (2019). Regional tourism clustering based on the three Ps of the sustainability services marketing matrix: An example of central and eastern European countries. Sustainability, 11(2), 400.

    Kostadinović, I. (2019). Clusters as an Expressive form of Business Infrastructure (Annex Theory Analysis). Economic Themes, 57(1), 51-65.

    KYFYAK, V.; KYFYAK, O (2021). A cluster approach to the formation of tourism destinations in Western Ukrainian cross-border regions. Turyzm, 31(1), 39-46.

    Laiko, O., Kovalenko, S., & Bilousov, O. (2020). Prospects for the development of cluster forms of entrepreneurship in Euroregions. Baltic Journal of Economic Studies, 6(5), 118-128.

    Lee, Y. J. A., Jang, S., & Kim, J. (2020). Tourism clusters and peer-to-peer accommodation. Annals of Tourism Research, 83, 102960.

    Li, P. (2018). A tale of two clusters: knowledge and emergence. Entrepreneurship & Regional Development, 30(7-8), 822-847.

    Lupova-Henry, E., Blili, S., & Dal Zotto, C. (2021). Clusters as institutional entrepreneurs: Lessons from Russia. Journal of Innovation and Entrepreneurship, 10, 1-27.

    Majewska, J., & Truskolaski, S. (2019). Cluster-mapping procedure for tourism regions based on geostatistics and fuzzy clustering: example of Polish districts. Current Issues in Tourism, 22(19), 2365-2385.

    Martins, B. M. L., & Denkewicz, P. (2021). Clusterização da tecnologia aplicada ao turismo por meio do mapeamento das travel techs brasileiras. Revista Acadêmica Observatório de Inovação do Turismo, 15(3), 52-71.

    do Rosário Mira, M., & de Jesus Breda, Z. (2021). Internationalization of tourism destinations: Networking systems management. Journal of Tourism and Services, 12(23), 105-131.

    Mello, G. A. T. D., & Goldenstein, M. (2011). Perspectivas da hotelaria no Brasil. BNDES Setorial, n. 33, mar. 2011, p. 5-42.

    Mirčetić, V., Vukotić, S., & Cvijanović, D. (2019). The concept of business clusters and its impact on tourism business improvement. Економика пољопривреде, 66(3), 851-868.

    Nunes, A. K. F., Barroso, R. D. C. A., Santos, J. F., & Santos, V. S. O Recurso da Triangulação como Ferramenta para Validação de Dados nas Pesquisas Qualitativas em Educação.

    Organização das Nações Unidas (2014). https://unctad.org/publication/oceans-economy-opportunities-and-challenges-small-island-developing-states

    Pakhomova, A. A., Sokolova, E. A., & Namestnikova, L. S. (2019, January). Development of Entrepreneurial Activity in the Tourist Cluster. In International Scientific Conference" Far East Con"(ISCFEC 2018) (pp. 651-655). Atlantis Press.

    Pereira, C. E. C., Azevedo, A. C., Giglio, E. M., & Boaventura, J. M. G. (2021). Organizações de apoio no auxílio à governança em clusters competitivos. Revista Ibero-Americana de Estratégia, 20, 1-25.

    Pine, B. J., & Gilmore, J. H. (1998). Welcome to the experience economy (Vol. 76, No. 4, pp. 97-105). Cambridge, MA, USA: Harvard Business Review Press.

    Porter, M. E. (1991). Towards a dynamic theory of strategy. Strategic management journal, 12(S2), 95-117.

    Porter, M. E. (1998). The Adam Smith address: Location, clusters, and the “new” microeconomics of competition. Business economics, 33(1), 7-13.

    Rosenfeld, S. A. (1997). Bringing business clusters into the mainstream of economic development. European planning studies, 5(1), 3-23.

    Santos, J. A. C., Santos, M. C., Pereira, L. N., Richards, G., & Caiado, L. (2020). Local food and changes in tourist eating habits in a sun-and-sea destination: a segmentation approach. International Journal of Contemporary Hospitality Management, 32(11), 3501-3521.

    Schmitz, H., & Nadvi, K. (1999). Clustering and industrialization: introduction. World development, 27(9), 1503-1514.

    Schweizer, R., Vahlne, J. E., & Johanson, J. (2010). Internationalization as an entrepreneurial process. Journal of International Entrepreneurship, 8, 343-370.

    Sigurðardóttir, I., & Steinthorsson, R. S. (2018). Development of micro-clusters in tourism: a case of equestrian tourism in northwest Iceland. Scandinavian Journal of Hospitality and Tourism, 18(3), 261-277.

    Tapachai, N. (2019). Applying a tourism micro cluster model to rural development planning: a case study of Kaeng Ruang village in Thailand. Human Geography Journal, 26, 45-54.

    Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (2021). https://www.unesco.org/en/explore

    Vinodan, A., & Meera, S. (2021). Potential for social entrepreneurship in tourism in the city of Chennai. International Journal of Tourism Cities, 7(4), 986-1007.

    Vinuto, J. (2014). A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto. Temáticas, 22(44), 203-220.

    Wang, X. (2020). Characteristics of tourist sources in coastal tourism market based on cluster analysis. Journal of Coastal Research, 103(SI), 1065-1069.

    WORLD ECONOMIC FORUM (2019). The Travel & Tourism Competitiveness Report 2019. https://www.weforum.org/reports/the-travel-tourism-competitiveness-report-2019

    Yang, J., Zeng, Y., Liu, X., & Li, Z. (2022). Nudging interactive cocreation behaviors in live-streaming travel commerce: The visualization of real-time danmaku. Journal of Hospitality and Tourism Management, 52, 184-197.

    YIN, R (2001). Estudo de caso: planejamento e método. Porto Alegre: Bookman.

    Zhou, X., & Chen, Z. (2023). Destination attraction clustering: Segmenting tourist movement patterns with geotagged information. Tourism Geographies, 25(2-3), 797-819.

Turismo: Visão e Ação

A Turismo: Visão e Ação vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hotelaria - Mestrado e Doutorado, é um periódico científico de publicação no sistema de fluxo contínuo, interdisciplinar e de alcance internacional, classificada, segundo os critérios Qualis/CAPES (2017-2020), como 'A3' na área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo. Registrada no ISSN sob o número 1983-7151, a Turismo: Visão e Ação iniciou suas atividades em 1998 com publicações impressas, nas versões inglês e português. Em 2008, transformou-se em publicação On-Line, com alcance maior do público interessado, mantendo como política de ser um periódico de acesso aberto e sem cobranças de taxas de submissão e acesso aos artigos. A Turismo: Visão e Ação (TVA) possui como título abreviado do periódico Tur., Visão e Ação, usado em bibliografias, notas de rodapé, referências e legendas bibliográficas.

 

Access journal