DIANTE DA LEI:O CAMPONÊS DE KAFKA NÃO É O ABANDONADO DE AGAMBEN

Autores

  • Marcelo Alves Univali

DOI:

https://doi.org/10.14210/nej.v12n2.p277-284

Resumo

A obra de Kafka, por seu caráter simbólico e inquietante, tem sido alvo de simplificações, comparações e apropriações que procuram alistá-la à força junto a conceitos e ideologias os mais diversos, por vezes antagônicos entre si e até mesmo contrários àquilo que a obra comunica. Agamben também não resistiu à tal tentação: fez do camponês que protagoniza Diante da Lei o abandonado exemplar, ou seja, uma ilustração de seu conceito de bando soberano. Mas a interpretação que Agamben faz do texto de Kafka ignora aspectos fundamentais do próprio texto e da obra kafkiana como um todo. Ademais, a análise do modo como Agamben “usa” Diante da Lei revela algumas limitações de seu conceito de bando soberano e indica outras formas de se pensar a relação entre indivíduo e lei. Assim, a crítica à leitura que Agamben faz de Kafka será, neste ensaio, o ponto de partida e de chegada para a construção de uma leitura crítica do texto Diante da Lei, sobretudo, naquilo que ele puder contribuir para a compreensão das formas de relação entre o indivíduo e a lei.

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Biografia do Autor

Marcelo Alves, Univali

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência Jurídica

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Publicado

2008-10-16

Como Citar

ALVES, M. DIANTE DA LEI:O CAMPONÊS DE KAFKA NÃO É O ABANDONADO DE AGAMBEN. Novos Estudos Jurí­dicos, Itajaí­ (SC), v. 12, n. 2, p. 277–284, 2008. DOI: 10.14210/nej.v12n2.p277-284. Disponível em: https://periodicos.univali.br/index.php/nej/article/view/469. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos