Intercâmbio internacional como instrumento facilitador da transição universidade-mercado de trabalho
Data de publicação: 10/06/2014
A paradiplomacia, ou as ações externas de entes subestatais, como os municípios, é tema de vários estudos na academia. No entanto, a sua conexão com programas universitários de intercâmbio internacional ainda é pouco discutida. A maioria das universidades possui programas de intercâmbio internacional, mas não dispõe de mecanismos indutores do envolvimento dos acadêmicos em atividades de articulação internacional, que possibilitem uma integração entre a formação acadêmica e a sua preparação para o mercado de trabalho. Uma iniciativa que viabilize a atuação de alunos participantes de programas de intercâmbio internacional como paradiplomatas poderia prepará-los para atuar na área de articulações internacionais, seja no âmbito privado, seja no público. A partir desta constatação, este artigo tem como objetivo apresentar uma estratégia de colaboração entre uma instituição de ensino superior e um governo municipal, destacando a conexão entre paradiplomacia e programas de intercâmbio internacional como instrumento facilitador da transição universidade-mercado de trabalho. Esta estratégia está consubstanciada no Programa Embaixadores UNIVALI-Itajaí. Trata-se de um programa piloto que tem como objetivo formar os acadêmicos participantes do Programa de Intercâmbio de Alunos (PIA) da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) para atuarem como paradiplomatas. A pesquisa é de caráter descritivo, tendo-se utilizado o método qualitativo, com consultas a fontes primárias e secundárias, apoiando-se em fontes documentais, o que a identifica como pesquisa de campo. Como resultado, espera-se que este estudo preliminar ofereça subsídios à elaboração de uma estratégia global de parcerias internacionais, a qual proporcione novas formas de inserção dos acadêmicos no mercado de trabalho envolvendo a paradiplomacia.