• Resumen

    Herramientas de propiedad intelectual como tecnologías sociales: Evidencia empírica en emprendimientos de economía solidaria en Brasil y en el extranjero

    Published date: 11/12/2025

    Este artículo analiza el papel de la propiedad intelectual (PI) como tecnología social aplicada a emprendimientos económicos solidarios (EES). Partiendo de la función social de la propiedad prevista en la Constitución Federal y de marcos teóricos que vinculan la PI con la justicia social, este trabajo examina cómo las marcas colectivas, las indicaciones geográficas (IGs) y las licencias orientadas al interés público pueden operar como instrumentos jurídicos capaces de reducir asimetrías y fortalecer identidades colectivas. La investigación adopta un enfoque cualitativo y exploratorio, sustentado en revisión bibliográfica y análisis documental de publicaciones científicas e informes institucionales. La selección de los casos empíricos siguió criterios de relevancia temática y documentación verificable, contemplando experiencias nacionales e internacionales comparables. Los resultados indican que, cuando se asocian con gobernanza, estándares de calidad y políticas de fomento, los instrumentos de PI contribuyen a la diferenciación de productos, la reputación territorial y la inclusión productiva. Sin embargo, se infiere que los costos de conformidad y las fragilidades organizacionales imponen límites. El estudio concluye que la PI, entendida como tecnología social, puede ser promotora de innovación inclusiva en la economía solidaria, siempre que se articule con otros mecanismos que aseguren sostenibilidad y efectividad de los resultados.

  • Citas

    ARSLAN, Aslıhan; REICHER, Christopher P. The effects of the Coffee Trademarking Initiative and Starbucks publicity on export prices of Ethiopian coffee. Journal of African Economies, v. 20, n. 5, p. 704-736, 2011. DOI: 10.1093/jae/ejr023.

    ASTRAZENECA. Our response to COVID-19. 2020. Disponível em: https://www.astrazeneca.com. Acesso em: 25 ago. 2025.

    AVINDIMA. Vales da Uva Goethe obtêm Denominação de Origem. Avindima, 2025. Disponível em: https://avindima.com.br. Acesso em: 17 set. 2025.

    BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011.

    BOYLE, James. The Public Domain: Enclosing the Commons of the Mind. New Haven: Yale University Press, 2008.

    BOYTE, Alina Ng. The Social Value of Intellectual Property. IP Theory, v. 12, n. 3, 2023. Disponível em: https://www.repository.law.indiana.edu/ipt/vol12/iss3/1/. Acesso em: 13 jul. 2025.

    BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988.

    BRASIL. Decreto nº 6.108, de 4 de maio de 2007. Dispõe sobre licença compulsória do Efavirenz. Diário Oficial da União, Brasília, 2007.

    BRASIL. Lei nº 15.068, de 19 de junho de 2024. Institui a Política Nacional de Economia Solidária. Diário Oficial da União, Brasília, 2024.

    BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Relatório sobre marcas coletivas e impactos territoriais: estudo de caso Flona Tefé. Brasília: MAPA, 2020.

    BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Cadastro Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários – CADSOL. Brasília: MTE, 2025.

    CARVALHO, N. M.; THOMÉ, R. A função social da propriedade intelectual. Revista da ABPI, v. 135, p. 35-48, 2015.

    CASTALDI, Carolina. Rethinking intellectual property in inequality regimes. Research Policy, v. 53, n. 5, p. 104-129, 2024. DOI: 10.1016/j.respol.2023.104936.

    CROSS, S. Covid-19 vaccine contracts and access: lessons from AstraZeneca. Journal of Health Law, v. 45, n. 2, p. 210-228, 2021.

    DAGNINO, Renato. Tecnologia social: ferramenta para construir outra sociedade. Campinas: Unicamp, 2014.

    EUROPEAN COMMISSION. Registration of “Rooibos/Red Bush” as PDO. Brussels: European Commission, 2021.

    EUROPEAN UNION. Regulation (EU) No 1151/2012 of the European Parliament and of the Council on quality schemes for agricultural products and foodstuffs. Official Journal of the European Union, 2012.

    FALVEY, Rod; FOSTER, Neil. The role of intellectual property rights in technology transfer and economic growth: theory and evidence. UNCTAD/ICTSD Project on IPRs and Sustainable Development, 2006.

    FRANÇA FILHO, Genauto T. Economia solidária: fundamentos e práticas. Porto Alegre: UFRGS, 2007.

    GALINDO, Vanessa; CARRILHO, Juliana; SOUZA, Diego. O caso da Floresta Nacional de Tefé na Amazônia Brasileira: acompanhamento do processo de registro da Marca Coletiva Flona Tefé (cadeias da castanha e mandioca). Revista Contribuciones Latinoamericanas de Ciencias Sociales, v. 10, n. 5, p. 312–330, 2024.

    GAVI. The Vaccine Alliance. COVAX Annual Report 2023. Geneva: GAVI, 2023.

    GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

    GODOY DOS SANTOS JUNIOR, André. Propriedade intelectual e função social. Revista de Direito Civil Contemporâneo, v. 20, p. 87-112, 2019.

    INPI. Dossiê de registro: Capim Dourado do Jalapão. Rio de Janeiro: INPI, 2011.

    INPI. Indicação Geográfica Sul da Bahia: Cacau em amêndoas. Rio de Janeiro: INPI, 2018.

    INPI. Indicação Geográfica Cerrado Mineiro: alteração de Denominação de Origem. Revista da Propriedade Industrial – RPI nº 2800, 15 mar. 2022. Rio de Janeiro: INPI, 2022.

    INPI. Indicação Geográfica Vales da Uva Goethe: evolução de Indicação de Procedência para Denominação de Origem. Revista da Propriedade Industrial – RPI nº 2840, 10 jun. 2025. Rio de Janeiro: INPI, 2025.

    INPI. Tabela de Retribuições de Serviços do INPI. Rio de Janeiro: INPI, 2025a. Disponível em: https://www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/tabela-de-retribuicoes. Acesso em: 20 set. 2025.

    INPI. Guia Básico de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas. Rio de Janeiro: INPI, 2025b. Disponível em: https://www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/indicacoes-geograficas/guia-basico. Acesso em: 15 set. 2025.

    INPI; SEBRAE. Marcas coletivas: guia prático para associações e cooperativas. Rio de Janeiro: INPI, 2023.

    IPEA. Compras públicas sustentáveis: oportunidades para a economia solidária. Brasília: IPEA, 2017.

    IPEA. Economia solidária no Brasil: avanços e desafios. Brasília: IPEA, 2019.

    MADISON, Michael; FRISCHMANN, Brett; STRANDBURG, Katherine. Constructing commons in the cultural environment. Cornell Law Review, v. 95, p. 657-709, 2010.

    Mtima, L. (2024). Intellectual Property Social Justice: A Theoretical Rationale. In S. D. Jamar & L. Mtima (Eds.), The Cambridge Handbook of Intellectual Property and Social Justice (pp. 76–98). Cambridge: Cambridge University Press.

    MEDEIROS, Ana Lúcia et al. Governança e desafios em empreendimentos solidários. Revista Brasileira de Gestão Social, v. 13, n. 3, p. 55-71, 2022.

    MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12. ed. São Paulo: Hucitec, 2010.

    ODI. Overseas Development Institute. The Ethiopian Coffee Trademarking and Licensing Initiative. London: ODI, 2009.

    RAUTENBERG, J.; SCHIOCHET, V. Limites e potencialidades dos empreendimentos solidários no Brasil. Revista de Economia Solidária, v. 4, p. 45-68, 2019.

    RODRIGUES, G. C. A licença compulsória do Efavirenz: análise em saúde pública. Revista de Direito Sanitário, v. 10, n. 2, p. 55-78, 2009.

    RODRIGUES, G. C.; MOLICA, F.; BARBOSA, F. A arte na palha de Cipotânea: potencialidade de IG. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 20, n. 3, p. 122-139, 2024.

    SILVA, L. P.; RODRIGUES, W. A indicação geográfica dos artesanatos em capim dourado do Jalapão sob o enfoque da governança dos common-pool resources. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 13, n. 2, p. 102-119, 2017.

    SINGER, Paul. Introdução à Economia Solidária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2002.

    SOUZA, André S. Tecnologia social e inovação solidária. Revista Tecnologia & Sociedade, v. 16, n. 37, p. 22-38, 2020.

    WARGAS, Adriana M. A marca coletiva Amorango: identidade, governança e aprendizagem organizacional. Rio de Janeiro: Academia do INPI, 2019.

    WHO. World Health Organization. COVAX: ensuring global equitable access to COVID-19 vaccines. Geneva: WHO, 2023.

    WIPO. World Intellectual Property Organization. Case study: collective mark “Poronguito” – Cajamarca, Peru. Geneva: WIPO, 2017.

    WIPO. World Intellectual Property Organization. Ethiopian coffee trademarks: lessons for development. Geneva: WIPO, 2010.

    WIPO. World Intellectual Property Organization. The economics of geographical indications. Geneva: WIPO, 2007.

    WIPO. World Intellectual Property Organization. Using IP for development: Rooibos, South Africa. Geneva: WIPO, 2012.

    WIPO. World Intellectual Property Organization. World Intellectual Property Report 2021: The Direction of Innovation. Geneva: WIPO, 2021.

    YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.

Revista Brasileira de Tecnologias Sociais

La Revista Brasileña de Tecnologías Sociales es una publicación Qualis B1, según la clasificación Qualis Periódicos CAPES 2017-2020.

La Revista Brasileña de Tecnologías Sociales tiene como objetivo difundir el conocimiento científico a través de una publicación bianual, que se caracteriza por contenidos multitemáticos e interdisciplinarios dirigidos, preferentemente, a la difusión del trabajo desarrollado por las Maestrías Profesionales del país, en forma de productos o procesos que pueden caracterizarse como Tecnologías Sociales. Actualmente los editores son los profesores Carlos Roberto Praxedes dos Santos (Gestión de Políticas Públicas) y Graziela Liebel (Gestión de Salud y Trabajo).

 

Access journal