Proveniente de uma perspectiva ancorada no Pós-Estruturalismo, este artigo compartilha os efeitos de um projeto de trabalho que vem pensando a Geografia escolar a partir dos estudos foucaultianos. Desse modo, trabalha esse campo do conhecimento como uma prática feita de regras, normas e interdições, que constituem um sistema linguístico que nem todos são autorizados a adentrar. Por meio desse pressuposto, opera sua analítica indicando que 1º) o ensino de Geografia é resultado de uma formação discursiva, construída em meio a relações de poder e saber que estabelecem como e o que se deve dizer; 2º) que esse discurso, por sua vez, obedece ao neoliberalismo; 3º) que passou da hora do ensino de Geografia tornar-se, no sentido de Deleuze e Guattari, Máquina de Guerra, voltando-se contra a) o mau uso que fizeram dos seus enunciados, b) a autoria docente interditada, que tosa a criatividade artística do professor, c) as falas régias e as palavras-mestras, que tributam outros olhares e possibilidades de expressões alternativas no ensinar e no aprender.
A CONTRAPONTOS é uma publicação reconhecida pela área da Educação, seriada, arbitrada e dirigida prioritariamente a uma comunidade acadêmico-científica. Vem circulando nacionalmente desde 2001.