Esta pesquisa analisa os mecanismos socioculturais por trás da criação das Escolas Normais em Santa Fé, focando em localidades não centrais, como Casilda e Cañada de Gómez. Sustenta que sua fundação foi resultado de negociações entre redes locais e o governo provincial, em que a sociabilidade atuou como plataforma de intermediação. As descobertas revelam uma liderança dupla de inspetores-diretores como elo entre as lojas maçônicas e as políticas educacionais; o papel pré-fundacional de bibliotecas e teatros como espaços de gestação pedagógica; e uma correlação entre a localização das escolas e os traçados urbanos maçônicos. Conclui-se que a expansão educacional foi um processo de estadualidade negociada, em vez de um projeto centralizado, no qual redes informais suprimiram a frágil presença do Estado.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A CONTRAPONTOS é uma publicação reconhecida pela área da Educação, seriada, arbitrada e dirigida prioritariamente a uma comunidade acadêmico-científica. Vem circulando nacionalmente desde 2001.