O texto procura discutir a comunicação pelos afetos e a conexão afetiva entre educadores e educandos em uma abordagem complexa da Educação Inclusiva. Toma como referência as contribuições de Maturana e Varela, Morin, Pellanda, Wallon, entre outros para apresentar um aporte teórico que tensiona premissas e bases educacionais comportamentalistas. A discussão teórica usa manifestações de educadores em atendimento a crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) como elementos empíricos de base. Conclui-se que a comunicação verbal, muitas vezes comprometida no caso de crianças neurodivergentes, encontra vazão em expressões afetuosas manifestadas pela relação interpessoal e/ou pelo acoplamento tecnológico. A Educação Inclusiva, por sua vez, abordada por parâmetros complexos e holísticos, aponta para o distúrbio como essencial para a ontoepistemogênese dos sujeitos.

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