O texto analisa o episódio Be Right Back (Volto já), da série Black Mirror presente na Netflix, que explora a clonagem digital de um corpo orgânico através de inteligência artificial. A trama se desencadeia a partir da protagonista, esposa do falecido, que por meio de informática e biotecnologia recria uma versão virtual e depois biossintética dele. A réplica, embora fisicamente idêntica, falha em replicar emoções e nuances humanas, revelando as limitações da tecnologia. O objetivo deste texto é problematizar o transumanismo, movimento que busca superar a finitude humana por meio da tecnologia, reduzindo a vida a um amontoado de dados algorítmicos replicáveis. Assim, a imortalidade digital é questionada como uma ilusão, visto que a experiência humana, com suas emoções e subjetividades, é irreprodutível. Como conclusão, este texto chama a atenção para as implicações éticas e sociais dessa busca, destacando que a mortalidade é intrínseca à condição humana.

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